Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Viana, Rony Lucas da Silva |
Orientador(a): |
Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24463
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Resumo: |
O sabugo de milho é um subproduto do cultivo do milho que é pouco utilizado economicamente o que leva ao desperdício de milhões de toneladas desse material anualmente. Do sabugo pode-se extrair moléculas, inclusive um polissacarídeo bioativo, rico em xilose, denominado de xilana. Neste trabalho, foram produzidas, por um método sustentável ao meio ambiente (síntese verde), nanopartículas de prata contendo xilanas de sabugo de milho (nanoxilanas). Para tal, a xilana de sabugo de milho foi extraída com o auxílio de ondas de ultrassom. Análises químicas mostraram que esta não estava contaminada por proteínas nem por compostos fenólicos. A xilana foi hidrolisada e seus componentes monossacarídicos foram determinados por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Na análise monossacarídica identificou-se os componentes sendo eles, xilose: glucose: galactose: manose: ácido glucurônico nas seguintes proporções 50: 21: 14: 9: 2,5: 2,5, respectivamente. A formação das nanoxilanas foi acompanhada por espectroscopia UV-visível com kmax = 469 nm. Análises de espectroscopia de infravermelho confirmaram a presença da prata e xilana na nanopartícula. Já as análises de dispersão dinâmica de luz e microscopia (DLS) e de força atômica (MFA) mostraram que o tamanho das partículas foi em média de 102 nm e que essas tinham um formato arredondado. Os dados de DLS também mostraram que as nanoxilanas permaneceram estáveis por 12 meses quando armazenadas a 4 °C e protegidas da luz. Dados de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado (ICP OES) mostraram que o percentual de prata na nanoxilana foi de 19%. A nanoxilana reduziu a viabilidade das formas promastigotas de Leishmania amazonensis (L. amazonensis) (IC50 25 μg/mL), enquanto a xilana não foi efetiva nessa concentração. Além disso, a nanoxilana apresentou um valor de 7,5 μg/mL correspondente a concentração mínima inibitória para três diferentes fungos Candida albicans, Candida parapsilosis, e Cryptococcus neorformans. Adicionalmente, a nanoxilana não alterou de forma negativa a redução de MTT a formazan por células normais (3T3). Os dados aqui apresentados mostram o potencial biotecnológico da nanoxilana e futuros ensaios, inclusive in vivo, devem ser feitos para confirmar o potencial antimicrobiano da nanoxilana. |