Protocolo de cuidados para redução de riscos de lesão por pressão em pacientes de uma unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Rayra Mass Lucena de Sena
Orientador(a): Araújo, Verbena Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SOCIEDADE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31895
Resumo: Atualmente as discussões sobre a importância da Segurança do Paciente ganharam grandes repercussões no âmbito mundial, esta visa trabalhar com seis metas internacionais, dentre elas, destaca-se a minimização do risco de lesão por pressão. Estudos recentes comprovam que os índices de lesão por pressão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) podem chegar a 50% dos pacientes internados. A Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal de Natal, em conjunto com o Ministério da Saúde que concedeu à instituição a oportunidade de implantar as metas internacionais de segurança do paciente, atribuindo a UTI o projeto piloto de minimização do risco de lesão por pressão. Objetivo: O objetivo deste trabalho é construir, em conjunto com os enfermeiros da UTI adulto do referido hospital, um Protocolo de assistência de enfermagem relacionado com a prevenção da lesão por pressão, visando a segurança do paciente. Metodologia: O desenho exploratório descritivo com abordagem quantiqualitativa, foi pautado na Pesquisa Convergente Assistencial, partindo de uma análise dos prontuários para identificação dos escores das Escalas de Braden aplicadas aos pacientes internados na UTI referência no último ano, em um segundo momento foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os enfermeiros da UTI, referente a seus conhecimentos sobre o assunto em questão, suas necessidades e potencialidades. A análise do material empírico aconteceu através do Discurso do Sujeito Coletivo e a partir dessa etapa deu-se início a construção do Protocolo em conjunto com todos os enfermeiros da UTI, Núcleo de Segurança do Paciente e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar em grupos de trabalho previamente estruturados. Resultados: Dos 177 pacientes internados em UTI no hospital avaliado, 46,33% eram do sexo feminino e 53,67% pertenciam ao sexo masculino, com média de idade de 65,3(± 16,50) anos. O tempo médio de internação dos pacientes que desenvolveram LPP na UTI foi de 14,51 dias e daqueles que não desenvolveram foi de apenas 5,57 dias. Foi identificado que a média do score na admissão dos pacientes que desenvolveram LPP foi de 12,19 e os que não desenvolveram LPP 13,47. Com relação a parte qualitativa do estudo, a análise dos depoimentos foi baseada em seis questionamentos, que resultaram em nove DSC. As respostas foram subdividas em “Categoria A” e “Categoria B” quando dois tipos de respostas diferentes foram obtidos. Com isso, os questionamentos 1, 2 e 3 apresentam DSC nas categorias A e B, enquanto os questionamentos 4, 5 e 6 apenas apresentam DSC na “Categoria A”. Conclusão: Os resultados permitiram traçar a realidade do serviço estudado, fornecendo subsídios para o planejamento da assistência prestada e intensificando a compreensão das condições vivenciadas pelos enfermeiros, apontando, dificuldades e limitações na prevenção e tratamento das LPP. Foi elaborado o protocolo pela própria equipe da instituição visando uma padronização da assistência prestada ao paciente grave com o intuito da diminuição dos eventos adversos relacionados a lesão por pressão na UTI.