Perfil endócrino e comportamental de sagui comum (Callithrix jacchus) em idade jovem no grupo familiar e durante isolamento social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sales, Carla Jéssica Rodrigues
Orientador(a): Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26140
Resumo: Sagui comum, Callithrix jacchus, é um primata do Novo Mundo considerado um importante modelo experimental. Até bem pouco tempo atrás, a maioria dos estudos vinha sendo realizada com estes animais adultos em diferentes áreas de interesse, como genética, metabolismo e, principalmente, neurociências. O estudo da resposta ao estresse neste modelo também tem produzido informações relevantes, onde machos e fêmeas adultos apresentam uma resposta dimórfica do ponto de vista comportamental e endócrino. Na perspectiva de modelos atuais para depressão e considerando a alta prevalência de 18% deste transtorno neuropsiquiátrico na população humana, e em torno de 14% em adolescentes, a utilização destes animais durante o desenvolvimento encontrase em fase inicial de pesquisa. Portanto, estudos com animais jovens são necessários para validar este modelo experimental em estágios precoces do seu desenvolvimento. O objetivo deste estudo foi descrever as alterações hormonais e comportamentais em machos e fêmeas imaturos durante a vida no grupo familiar e durante o isolamento social. Foram utilizados 29 animais com idades de 6 (n=8, 4 machos), 9 (n=10, 5 machos) e 12 (ln=11; 5 machos) meses, onde a coleta de dados ocorreu no grupo familiar 2 dias antes da separação (fase basal), nos 2 primeiros dias (FEI) e nos últimos dois dias após (FEF) após a separação durante 3 semanas, e nos dois dias após o retorno do animal ao grupo familiar (reunião). As fêmeas apresentaram alterações significativas no cortisol nas 3 idades estudadas e os machos responderam elevando o cortisol de maneira mais rápida do que as fêmeas aos 9 meses, enquanto a elevação do cortisol nesta idade nas fêmeas ocorreu na fase final do período de separação. Os comportamentos das fêmeas apresentaram alterações significativas na autocatação em relação aos machos e o comportamento de marcação de cheiro apresentou um perfil crescente com a idade em ambos os sexos. O comportamento de ingestão alimentar, modulado pelo eixo hipotálamo-hipófise–adrenal (HPA), apresentou diminuição na fase final do estudo nas fêmeas e necessita ser investigado em machos. Estes resultados indicam o potencial de sagui comum, em idade jovem, como um importante modelo experimental, quando submetido ao isolamento, para estudos de transtornos psiquiátricos na adolescência e ressalta que, na elaboração dos protocolos experimentais, os pesquisadores devem estar atentos para o sexo e idade dos animais na sua utilização como modelos experimentais.