Os efeitos do clima e geologia na diversificação e ecologia das rãs do grupo Lithobates Palmipes (Ranidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Coelho, Felipe Eduardo Alves
Orientador(a): Garda, Adrian Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33026
Resumo: Entender quais fatores causaram o surgimento de novas espécies é fundamental para conhecermos a história da vida na Terra. A região neotropical é uma das mais ricas do planeta e muito ainda precisa ser desvendado sobre os processos que levaram a diversificação da biota nessa região. Historicamente, a América Central e do Sul passaram por drásticas mudanças geológicas e climáticas. Em paralelo a tais mudanças ocorreu a diversificação de anfíbios da família Ranidae nos Netrópicos. Neste trabalho, nós testamos os efeitos de mudanças geológicas e climáticas na diversificação do grupo Lithobates palmipes (Anura, Ranidae). No capítulo 1, testamos se especiação alopátrica devido a mudanças geológicas, ou se especiação ecológica devido a disponibilidade de novos ambientes, desempenhou um papel mais importante na diversificação do grupo Lithobates palmipes. Usando análises de estimativa de área ancestral e análises filoclimáticas, encontramos que a diversificação no grupo Lithobates palmipes está associada a sucessivos eventos de dispersão no sentido norte-sul para novas áreas formadas durante o surgimento da América Central, seguido de divergência no nicho climático, sugerindo a prevalência de especiação ecológica. No capítulo 2, testamos os efeitos das conexões entre Mata Atlântica e a Floresta Amazônica na diversificação e ecologia da espécie L. palmipes através de análises filogeográficas, filoclimáticas e modelagem de nicho. L. palmipes compreende uma espécie com populações geneticamente estruturada por bioma. Relações filogenéticas e modelagem de nicho indicam a utilização da conexão pelo Nordeste brasileiro durante o Pleistoceno, que causou rápida divergência de nicho entre grupos em cada bioma. Apesar da estruturação por bioma, uma das linhagens mitocondriais é composta por indivíduos do leste da Amazônia e da Mata Atlântica, enquanto a outra é composta por indivíduos do oeste da Amazônia. Baseado no nosso resultado, a diversificação do grupo de espécies L. palmipes é resultado da interação entre mudanças geológicas e climáticas nos Neotrópicos.