Nas encruzilhadas do território: as iconografias e a circulação como vetores para a reafirmação dos centros regionais Mossoró-RN e Sobral-CE

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Faria, Carlos Eugênio de
• Orientador(a): Gomes, Rita de Cassia da Conceição
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
• Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Encruzilhadas; Iconografia; Circulação; Mossoró (Rio Grande do Norte)
• Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44897

A Geografia do presente não se realiza sem as análises acerca do passado, assim como sem os exames sobre o devir. Da mesma forma, as ciências, em especial, a Geografia destes tempos atuais não pode se fechar ou se abster de conexões com conhecimentos e noções que não são aqueles exclusivos do seu escopo. Nessa perspectiva, esta pesquisa, intitulada: Nas encruzilhadas do território: as iconografias e a circulação como vetores para a reafirmação dos centros regionais Mossoró-RN e Sobral-CE se alicerça em conceitos e noções geográficos e não geográficos que dialogam entre si e com outras áreas do conhecimento. Trata-se de: iconografias, circulação, encruzilhadas ou carrefours (Jean Gottmann); psicoesfera e tecnoesfera (Milton Santos); situação geográfica (Maria Laura Silveira); diferenciação espacial (José Lobato Corrêa e Kelly Bessa). A categoria: território usado é fio condutor que perpassa por entre os conceitos e noções. Esta categoria aparece, no corpo desta pesquisa, complementada pela noção de território autenticado, por nós sugerida. Todos esses/as conceitos, noções, categorias e ideias estão a serviço de análises relativas às duas cidades já referidas, em suas relações com a condição de urbes que, ao longo de suas histórias e de suas geografias, sempre se destacaram em âmbito regional. Dessa forma, buscamos compreender, a partir da interação teoria-empiria, qual a relação existente entre as encruzilhadas, a valorização das iconografias locais e os processos de circulação, enquanto vetores para uma diferenciação espacial, para a constituição de um território autenticado e para a condição de centro regional assumidos, historicamente, pelas cidades de Mossoró e Sobral no contexto urbano regional no qual estão inseridas. Metodologicamente aderimos a um viés analítico que se esforça por uma análise crítica, práxis em trabalhos que se pretendem geográfico e humanístico. Consideramos, também, alguns importantes aspectos da realidade, quais sejam: as estruturas socioespaciais na inter-relação das partes com o todo; os processos como materialidades pretéritas, presentes e prospectivas dos acontecimentos; as formas, como retratos da realidade, postas em cada arranjo espacial; e, por fim, as funções como as tarefas ou atividades que compõem o elo relacional que abrange os usos do território, a urbanização, as diferenciações espaciais e condição de centro regional assumida pelas cidades em tela. Uma condição de encruzilhada aliada à valoração do lugar (cidade), a partir da construção de uma iconografia representativa e uma inserção no contexto das redes, da globalização que estabelece, de uma só vez, um híbrido de “segurança e “proteção”; “abertura” e “possibilidades”. Nesse contexto, adentramos nas histórias e nas geografias das cidades de Mossoró e Sobral, a fim de desvendarmos esse amálgama revelado nessa hibridez. Nossa tese, portanto, é que a exaltação do lugar (cidade) aliada a uma consistente relação com o externo, se constitui em sólida estratégia que garante destaque regional e inserções em escalas nacional e internacional. Diante desta realidade apresentada pelas duas cidades, as quais, tomamos como base empírica em nossa pesquisa, adentramos também na análise sobre contradições que aparecem a partir de todo esse contexto.