Status de zinco e fatores de risco cardiometabólicos em indivíduos com síndrome metabólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Erika Paula Silva Freitas de
Orientador(a): Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: SEM PROGRAMA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22307
Resumo: A síndrome metabólica (SM) é uma doença multifatorial, cujas alterações fisiopatológicas podem comprometer o status de zinco. O objetivo deste estudo foi avaliar os biomarcadores do status de zinco e as associações com fatores de risco cardiometabólicos em indivíduos com SM. Trata-se de um estudo tipo caso-controle, desenvolvido com 88 adultos e idosos com SM, caracterizados segundo os critérios do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP/ATP-III), e 37 indivíduos sem SM ou outra condição clínica com influência nos parâmetros de zinco. Foram realizadas avaliações clínicas, antropométricas, perfil lipídico, glicêmico e inflamatório. Verificou-se a ingestão de zinco, concentrações de zinco no plasma e eritrócito, bem como a excreção de zinco na urina, pelo método de espectrofotometria de absorção atômica. Diferenças entre os grupos foram avaliadas por modelos de regressão. Correlações foram identificadas pelo coeficiente de Pearson (r). A idade média dos participantes foi de 50 (11) anos e 44 (11) anos para o grupo de pacientes com SM e controles, respectivamente. A média da ingestão calórica diária foi significativamente maior para os pacientes com SM (p = 0,003), e a ingestão dietética de ambos os grupos caracterizou-se como hiperproteica, normoglicídica e normolipídica. O consumo médio de zinco foi significantemente menor no grupo SM comparado com o controle (6,57(1,64) mg/dia vs 9,37(2,41) mg/dia; p<0,001). Não foram observadas diferenças significativas nas concentrações de zinco no plasma (88,81(18,28) μg/dL vs 87,82(17,44) μg/dL; p>0,05). Identificou-se concentrações significantemente maiores de zinco no eritrócito no grupo SM (47,47(8,29) μg/gHb vs 41,43(7,37) μg/gHb; p<0,001), independente dos ajustes por covariáveis. A excreção de zinco na urina foi significantemente maior no grupo SM (554,80(291,00-787,60) μg/24h vs 375,40(197,60-597,50) μg/24h; p=0,008), e os ajustes por idade e sexo explicaram 21% das diferenças (R2=0,21; p<0,001). No grupo SM foram constatadas associações significativas entre zincúria e a glicemia de jejum (r=0,479), circunferência da cintura (r=0,253), triglicerídeos (r=0,360), hemoglobina glicada (HbA1c) (r=0,250), Homeostasis model assessment – insulin resistance (HOMA-IR) (r=0,223) e proteína C reativa ultra-sensível (PCR-us) (r=0,427) (todos p<0,05). Na SM observamos inadequações na ingestão de zinco e confirmamos comprometimento no status de zinco, caracterizadas por aumento do zinco no eritrócito e maior zincúria, embora as concentrações de zinco no plasma estejam dentro dos valores de referência. Alterações dos fatores de risco cardiometabólicos influenciam na zincúria de pacientes com SM.