Monitoramento ecotoxicológico de água e sedimento em reservatório urbano localizado na região litorânea do Nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nóbrega, Thiago Farias
Orientador(a): Souza, Raquel Franco de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE - PRODEMA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24593
Resumo: Os efeitos deletérios das atividades humanas ao meio ambiente são temas de vários estudos e consequentemente de mudanças de paradigmas. Exemplo disso, é que até pouco tempo acreditava-se em um infinito poder de diluição dos ecossistemas em relação aos agentes tóxicos, e pouco se conhecia dos efeitos dos contaminantes aos organismos. Em áreas de intenso crescimento urbano é comum o descarte indiscriminado de substâncias tóxicas e consequentemente o desequilíbrio das dinâmicas naturais dos ecossistemas. Dentre estes, os lagos são complexos e importantes fontes de água superficial, abrigam espécies e têm influência sobre o clima da região ao seu redor. A Lagoa de Extremoz/RN, litoral Nordeste do Brasil, é um corpo hídrico localizado numa região de rápido crescimento urbano. Está sob influência de atividades rurais, urbanas e industriais, além do regime climático propício a períodos prolongados de estiagem. O abastecimento de cerca de 300.000 pessoas depende da estabilidade hídrica dessa lagoa. O objetivo deste trabalho foi descrever as relações entre parâmetros físicos, componentes químicos e as respostas observadas nos ensaios ecotoxicológicos, buscando informações sobre as variações sazonais. Para isso, foram realizadas, em dois anos, 2013 e 2014, análises físicas, químicas e ecotoxicológicas da água e do sedimento superficial, em duas estações de amostragem na Lagoa de Extremoz (T1 e T2) e uma no rio Guajiru (T3). Nas amostras de água foram aferidos o pH, turbidez, cloreto, OD, nitrato, nitrito, fosfato reativo total, metais e dureza. Para avaliar a toxicidade das amostras foram usados Ceriodaphnia dubia e C. silvestrii como organismos-teste. No sedimento foram aferidos os teores de carbonato, matéria orgânica e metais, caracterização granulométrica e avaliado os efeitos tóxicos sobre a sobrevivência de Hyalella azteca. Verificou-se no período de estiagem, ocorrência de toxicidade aguda aos Hyalella azteca e nesse mesmo período as concentrações de metais em água e sedimento também foram maiores. Em uma análise espacial percebeu-se que a maioria das amostras com efeito tóxico aos organismos-teste e com maiores concentrações de metais foram coletadas na estação T2. Portanto, existem evidências de que a qualidade da água da Lagoa de Extremoz esteja diminuindo gradualmente e este processo se agrava pontualmente nos períodos de menor pluviometria e na estação de amostragem T2.