Fibrose Cística: postura, treinamento muscular inspiratório, estigma e qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Victor Hugo Brito de
Orientador(a): Nogueira, Patricia Angelica de Miranda Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30789
Resumo: A fibrose cística é uma doença multissistêmica, porém com o comprometimento pulmonar como a principal causa de óbito. Objetivo: Investigar as repercussões de um treinamento muscular inspiratório domiciliar na postura, qualidade de vida e os possíveis efeitos adversos relatados pelos indivíduos com fibrose cística. Metodologia: Em um ensaio clínico controlado randomizado duplo cego (NCT03737630), pacientes de ambos os sexos com diagnóstico de fibrose cística confirmado pelo teste do suor foram submetidos à teste de função pulmonar, força muscular respiratória, avaliação postural, qualidade de vida e teste do degrau de três minutos. Depois disso, eles foram divididos em dois grupos: o de carga progressiva (GP) e o de carga constante (GC). Para o protocolo de treinamento todos receberam um POWERbreathe© e o grupo GP treinou com 40% da carga da PImáx, com progressão de carga a cada semana e o GC com 20% da carga da PImáx sem progressão de carga, ambos durante 4 semanas, 2x ao dia, 30 respirações. Depois de quatro semanas os indivíduos foram reavaliados. Os dados foram analisados através do SPSS 20.0, com nível de significância de 5%. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado e, de acordo com a distribuição dos dados, utilizou-se o teste t’ não pareado para comparar as médias entre os grupos. Resultados: Dez pacientes (6 homens e 4 mulheres) com média de idade de 19±3,2 anos foram avaliados. Houve uma redução significativa de 6,8° do ângulo T1/T2 da avaliação postural com intervalo de confiança de IC95%: 8,2 (0,01 – 16,3) no grupo GP, ganhos clínicos de CVF para ambos os grupos e de VEF1 para o grupo GC, considerando as respectivas diferenças clínicas minimamente importante (DCMIs). Nenhum efeito adverso importante foi relatado. As demais variáveis não apresentaram alterações clínicas e/ou significativas. Conclusão: A progressão de carga foi suficiente para gerar alterações posturais significativas e a carga constante foi capaz de promover ganhos clínicos para desfechos de função pulmonar. Além disso, a ausência de efeitos adversos torna a intervenção segura para ser realizada em ambiente domiciliar