Pertinência da citologia anal em mulheres com lesão genital HPV-induzida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Maria do Perpétuo Socorro Nobre Medeiros e
Orientador(a): Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HPV
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21469
Resumo: O trabalho foi realizado como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O programa constitui uma proposta multidisciplinar onde temos a oportunidade de trocar ideias e conhecer experiências de diversos profissionais da área, e inclui disciplinas que ampliam o nosso campo de visão. Os conhecimentos de estatística, redação de trabalho científico e práticas educativas foram fundamentais para não restringir o nosso olhar a ser simplesmente médico. Foram produzidos três artigos a partir da pesquisa realizada. O primeiro trata-se de uma revisão bibliográfica por meio dos portais Pubmed, Embase, Scielo, Web of science e Cancerlit utilizando as palavras-chaves HPV, citologia, anal e câncer. Os demais artigos resultaram dos dados colhidos de um estudo transversal em 200 mulheres com e sem lesão genital que foram recrutados para exames de Papanicolaou anais. As mulheres que tiveram resultados anormais a partir de Atipia de Células Escamosas foram classificadas como citologia anal anormal. A média de idade foi de 41 anos. A maioria é de pele não branca (56%), com até 08 anos de escolaridade (50,5%) e não fumantes (91,5%). Quanto à descrição de variáveis contextuais, 63,5% utilizava métodos anticoncepcionais, 80% já tinham ficado grávidas e destas, 30% tiveram algum tipo de aborto, a maioria possuía até três parceiros (73,5%) e não referia nenhuma DST anterior (74%). Mais da metade relatou que não praticava sexo anal (75,5%), 91% referia que seus parceiros não tinham HPV, não usavam drogas (87,5%) e não mantinham relações bissexuais (96,5%). A maior parte das mulheres não possuía nenhuma alergia (85%), patologia anal (92%) ou sangramento anal (68,5%), porém mais da metade possuía LIEG (lesão intraepitelial escamosa genital) (57,5%) e uma expressiva quantidade apresentava citologia anal anormal (13%). Observou-se uma associação significativa entre a citologia anal anormal e as mulheres que apresentavam LIEG (RP=2,46; p=0,032) demonstrando ser importante a pesquisa de citologia anal nesse grupo de pacientes.