Avaliação ecocardiográfica em crianças com fenda oral, para estudo de ocorrência de cardiopatia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leite, Gisele Correia Pacheco
Orientador(a): Rezende, Adriana Augusto de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26241
Resumo: O objetivo deste trabalho é descrever achados de avaliação cardiológica clínicaeletrocardiográfica-ecocardiográfica em um grupo de pacientes com fenda oral (FO) do Rio Grande do Norte. Quanto ao método foi feita análise dos dados de avaliação clínica (com um único cardiologista pediático) e de exames complementares, por meio de triangulação metodológica intramétodo, de pacientes portadores de FO atendidos no Programa de Atendimento Multidisciplinar aos Pacientes com Fissuras Labiopalatais do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL)/UFRN. Os pacientes foram avaliados quanto à idade, sexo, tipo de FO, indícios clínicos de probabilidade de cardiopatias (queixas, comorbidades, antecedentes pessoais e familiares) e achados eletro e ecocardiográficos. Nos resultados obtidos de 70 pacientes inclusos, observou-se faixa etária variando de neonato a adolescentes (13 dias de vida a 19 anos de idade; média de 4,6 anos); 42 (60,0%) eram do sexo masculino e 40 (57,2 %) dos pacientes apresentavam fenda labiopalatal. 28 (40,0%) pacientes apresentavam queixas de saúde no momento da consulta com cardiologista pediátrico e comorbidades estiveram presentes em 31 (44,3%) pacientes. Antecedentes gestacionais relevantes ocorreram em 39 (55,7%) pacientes, neonatais em 19 (27,1%), familiares em 47 (67,2%), e pessoais em 17 (24,3%). Dentre os antecedentes familiares, os mais frequentes foram Hipertensão Arterial (20 / 20,0%), Dislipidemia (17 / 17,0%) e Diabete melito (12 / 12,0%); e os pessoais, quadros respiratórios (12 / 52,2%) e cardiopatias (2 /8,7%). Houve um caso de bloqueio atrioventricular. Ecocardiograma foi normal em 45 (64,3%) exames e alterado em 25 (35,7%), dentre os quais cinco (20,0%) apresentavam prolapso de valva mitral (PVM). Destes, um foi diagnosticado com cardite reumática. Assim, os achados deste estudo sugerem a importância de anamnese com atenção a fatores de risco pessoais e familiares, bem como da avaliação cardiológica rotineira por ecocardiograma fetal e triangulação metodológica (clínica, eletrocardiográfica e ecocardiográfica) na investigação diagnóstica de pacientes com FO. Essa estratégia possibilitaria o rastreamento de cardiopatias congênitas, alterações no ritmo cardíaco e prevenção de cardiopatias adquiridas; permitiria medidas de prevenção de comorbidades e planejamento do tratamento individualizado. A presença significante de PVM na amostra pode indicar aumento de risco para cardite reumática em indivíduos com FO e dirigem para a necessidade de estudos específicos sobre o tema.