Acesso aos serviços de saúde em um município do RN: percepção do usuário a partir da proposta do MDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Clara Janyelle Gomes de
Orientador(a): Lima, Nubia Maria Freire Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55710
Resumo: Acesso e acessibilidade são temas que exigem cada vez mais discussão e compreensão, tendo em vista sua importância para as ações de planejamento e execução de políticas públicas de saúde. A execução de um inquérito populacional sobre funcionalidade, como o MDS-Brasil, no município de Santa Cruz/RN, constitui um estudo pioneiro no país e pode fornecer aos gestores e profissionais de saúde informações que contribuam com áreas de intervenção e o desenvolvimento de estratégias para a melhoria do acesso aos serviços de saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos usuários quanto ao acesso aos serviços de saúde no município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil, e correlacionar com níveis de incapacidade da população adulta e idosa, através do inquérito Model Disability Survey - MDS-Brasil. Trata-se de um estudo observacional e transversal com dados coletados no município de Santa Cruz-RN. Foram incluídas pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos. Foram selecionados os módulos 1000 - Dados sociodemográficos, 4000 - Funcionalidade e 6000 - Utilização de Serviços de Saúde do MDS Brasil. Os programas utilizados para a análise estatística foram o SPSS Statistics 22.0 e o Programa R. Foram entrevistadas 504 pessoas. Houve predominância do sexo feminino (76,4%), grau de escolaridade ensino médio completo, estado civil casado, raça/cor parda, país de nascimento Brasil e faixa etária de 25 a 59 anos. A maioria dos entrevistados apresentou incapacidade moderada para o aspecto mobilidade e funções do corpo e incapacidade grave para o aspecto atividade e participação. A maioria dos entrevistados considerou-se insatisfeita com os serviços de saúde prestados no Brasil e classificou como “nem boa nem ruim” a forma como o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil os envolve nas decisões sobre os tipos e onde os serviços de saúde são prestados. Diante dos resultados encontrados, pode-se concluir que os usuários entrevistados demonstraram inconsistências na compreensão do significado de acesso. Além disso, conclui-se que os usuários com níveis mais elevados de incapacidade parecem ser mais prejudicados com relação à forma como o SUS os envolve nas decisões sobre os tipos e onde os serviços de saúde são prestados.