Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vilhete, Didoney Fernandes |
Orientador(a): |
Santos Júnior, Olavo Francisco dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24603
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Resumo: |
Os riscos associados à ruptura de barragens são elevados. Problemas de instabilidade envolvendo estas estruturas trazem consequências catastróficas à sociedade. A barragem do Açu, é uma obra geotécnica de significativa notoriedade e importância no Nordeste, principalmente no estado do Rio Grande do Norte. É a maior barragem do estado e ganhou destaque na literatura nacional e internacional com o rompimento do talude de montante no final do período construtivo. Em casos de ruptura, a retroanálise é uma técnica confiável para determinação dos parâmetros de resistência ao cisalhamento dos solos de forma a contribuir para que se evite casos semelhantes. A partir da avaliação de dados de resistência disponíveis no meio acadêmico, este trabalho teve como objetivo retroanalisar a ruptura ocorrida para obter os parâmetros médios de resistência ao cisalhamento do material argiloso preto que constituía o núcleo da barragem do Açu antes do acidente ocorrido. Na primeira etapa do trabalho foram realizadas análises de estabilidade do talude de montante da barragem e na segunda etapa a retroanálise determinística e probabilística. Essas análises foram realizadas no software Slide 7.0 pertencente à plataforma RocScience. Os resultados mostraram que o talude romperia com os parâmetros de resistência da argila siltosa preta na condição saturada, com valores de probabilidade de ruptura variando de 60 a 97% entre os métodos de equilíbrio limite utilizados nas análises. Também foi possível definir os possíveis parâmetros médios de resistência ao cisalhamento da argila siltosa preta e estabelecer as causas de ruptura da barragem. Os valores da coesão e do ângulo de atrito, no instante de ruptura, obtidos na retroanálise determinística para a argila siltosa preta foram cu=47,1 kPa e ϕu=0º. Na retroanálise probabilística os valores da coesão e do ângulo de atrito obtidos foram cu=33,8 kPa e ϕu=3,1º, com uma probabilidade de ruptura de 52,7%. Com isso, conclui-se que a ruptura do talude de montante da barragem do Açu ocorreu por causa de erros na fase de projeto e de construção da barragem acompanhado pela perda de resistência do solo devido aos excessos de poropressões gerados durante a construção. |