Comensalidade: comer e estar junto em A Comédia Humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dantas, Rebekka Fernandes
Orientador(a): Dantas, Alexsandro Galeno Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32232
Resumo: A comensalidade ou o ato de comer e beber junto é frequentemente desconsiderada ao tratarmos das questões e dos problemas alimentares. Um espaço majoritário é reservado ao que comemos, e só marginalmente pensamos no “como” comemos. No entanto, já se sabe que a comensalidade afeta a alimentação, de modo que o Guia Alimentar para a População Brasileira reserva um capítulo inteiro a este elemento do sistema cultural alimentar. Para pensá-la, escolho partir da literatura, pois compreendo-a como uma ficção que permite uma reflexão sobre a realidade, uma vez que nela, o real e a ficção estão em intercâmbio constante. Comer junto parece acompanhar um modo de estar juntos e conviver no mundo. Diante disso, meu objetivo é compreender onde se especializa, pela comensalidade, o estar junto na obra A Comédia Humana. O estar junto, nesse caso, não é dual nem plural, nem busca uma fusão de corpos, mas se volta para o Outro. Quanto à metodologia, realizarei uma análise temática de cinco obras selecionadas de Balzac: Memórias de duas jovens esposas, Eugênia Grandet, História da grandeza e da decadência de César Birotteau, Coronel Chabert e Ilusões perdidas. Nelas encontrei respectivamente cinco espaços de comensalidade distintos: o corpo, a sala de jantar, o salão, o escritório e o restaurante.