Aproveitamento sustentável do bagaço de cana de açúcar para obtenção do acetato de celulose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Valdic Luiz da
Orientador(a): Santos, Luciene da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19598
Resumo: O aproveitamento sustentável de resíduos decorrente da agroindústria é atualmente foco de pesquisas, com destaque para o bagaço de cana de açúcar (BCA), por ser o resíduo lignocelulósico produzido em maior volume na agroindústria brasileira, onde a biomassa residual tem sido aplicada na produção de energia elétrica e bioprodutos. Neste trabalho, foi produzida celulose com elevada pureza, a partir do (BCA), por polpação soda/antraquinona e, posterior conversão em acetato de celulose. A celulose comercial Avicel foi utilizada para comparação. A obtenção do acetato de celulose ocorreu por reação de acetilação homogênea, modificando-se as variáveis, tempo reacional, em horas, (8, 12, 16, 20 e 24) e temperatura, em °C, (25 e 50). Os espectros de FTIR indicaram bandas características idênticas para os materiais celulósicos, o que demonstra a eficiência da separação por polpação. A caracterização da celulose e do acetato obtidos ocorreu por espectroscopia de infravermelho (FTIR), difração de raios X (DRX), análises termogravimétricas (TG/DTG/DSC), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e determinação do grau de substituição (GS) para o acetato de celulose, para confirmação da acetilação. Os tempos reacionais ótimos para a obtenção de diacetatos e triacetatos, em ambas as temperaturas foram 20 h e 24 h. O acetato de celulose, produzido do BCA, apresentou GS entre 2,57 e 2,7 na temperatura de 25°C e, a 50 °C, os GS obtidos foram 2,66 e 2,84, indicando real conversão da celulose do BCA em di e triacetatos. De modo comparativo, a celulose comercial Avicel apresentou GS de 2,78 e 2,76 a 25 °C e 2,77 e 2,75 a 50 °C. Os dados foram obtidos no tempo de 20 h e 24 h, respectivamente. O melhor resultado ocorreu para a síntese do acetato de celulose obtida do BCA, com GS de 2,84 a 50°C e 24 h, sendo classificado como triacetato de celulose, que apresentou resultado superior ao acetato produzido com a celulose comercial Avicel, demonstrando a potencialidade de conversão da celulose obtida a partir de um resíduo lignocelulósicos (BCA), de baixo custo, com perspectivas de utilização comercial do acetato de celulose