Sono e aprendizagem em Octopus insularis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Paiva, Mizziara Marlen Matias de
Orientador(a): Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52343
Resumo: Dentre os animais invertebrados, a classe dos cefalópodes tem se destacado em pesquisas por sua notável inteligência e capacidade de aprendizagem. Em especial os polvos, apresentam comportamento complexo quanto a organização de seu sistema nervoso, que inclui um lobo para aprendizagem. Estes animais apresentam ainda, como já conhecido em vertebrados, habilidades de aprendizagem por toque e observação. Na literatura constam estudos realizados com O. vulgaris em que foi verificado que polvos são capazes de mudar comportamento por resultados de experiências, demonstrando que estes podem associar informações e reproduzir respostas adaptativas de comportamento. Por sua vez, o sono é um comportamento comum a diversos táxons do reino animal e bem estudado em vertebrados, principalmente nos mamíferos e nas aves. Contudo, dentre os invertebrados, no caso dos polvos, constam registros comportamentais e eletrofisiológicos que apontam para a existência de pelo menos duas fases do sono. Dentre os objetivos deste estudo, busca-se relacionar a aprendizagem e inteligência desses animais com os padrões de sono quieto e ativo, bem como investigar e descrever em detalhes, por meio de uma quantificação comportamental abrangente, a aprendizagem da espécie Octopus insularis. Para isso, submetermos os animais a uma tarefa chamada aqui de "bonecas russas". Usando gravações em vídeo, o trabalho avaliou se os jovens adultos desta espécie são capazes de aprender uma nova tarefa, que exige que os animais abram sequencialmente até 3 frascos diferentes, um dentro do outro, um menor que o outro, com uma recompensa (siri, caranguejo ou camarão) dentro do frasco menor. Foi observado que os polvos são capazes de abrir os 3 tipos de potes, abrindo-o muitas vezes de forma diferente, o que evidencia a capacidade cognitiva e versatilidade desses animais, apresentando um valor significativo para a etapa do pote maior. Quanto ao monitoramento do sono, foi observado que a tarefa da aprendizagem causou alterações na duração dos episódios de sono ativo antes e depois da tarefa.