Índice epidemiológico de vulnerabilidade aos extremos de seca: uma aplicação para o Estado do Rio Grande do Norte, 2000 e 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Pollyanne Evangelista da
Orientador(a): Spyrides, Maria Helena Constantino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22799
Resumo: Os impactos das mudanças climáticas no Brasil tendem a ser mais graves na região Nordeste, mas necessariamente a região do Semiárido do Brasil mais atingida pelos impactos da seca e com perspectivas de presenciar cenários ainda piores ocasionados pelo aumento da temperatura, pela diminuição das chuvas na região no período chuvoso, como também, as cheias nos períodos não chuvosos, e com a ação antropogênica. Um dos principais efeitos da seca reflete-se sobre o estado de saúde da população, principalmente das populações mais pobres e frágeis, e das crianças e os idosos. O objetivo principal deste estudo é construir um indicador epidemiológico de vulnerabilidade à seca, como também propor uma nova metodologia de cálculo do indicador levando-se em consideração os aspectos socioepidemiológicos e hospitalares. Outro objetivo consistiu em mapear e classificar as microrregiões do Rio Grande do Norte (RN) segundo as características do risco, susceptibilidade e capacidade adaptativa utilizando análise de agrupamento, com base nas estimativas dos indicadores epidemiológicos de vulnerabilidade à seca. Para criar o indicador, utilizaram-se variáveis meteorológicas, sociais, demográficas, hospitalares e a morbimortalidade das microrregiões e a metodologia da análise de componentes principais (ACP) para a atribuição de pesos aos componentes da vulnerabilidade: risco, susceptibilidade e capacidade adaptativa. Para a análise, compreensão e identificação das áreas vulneráveis, utilizaram-se as metodologias estatísticas, tais como: análise de agrupamento, teste t pareado e espaço-temporal. Os resultados mostraram que microrregiões como Pau dos Ferros, Umarizal e Seridó Oriental e Ocidental foram as que apresentaram maiores IEVS e também as que apresentaram maior risco à seca, ou seja, menor precipitação. Em contrapartida, Natal apresentou o menor risco à seca (0,00) e a melhor capacidade adaptativa (0,96), no entanto, atenção deve ser dada ao aumento significativo das taxas de mortalidade por doenças do aparelho respiratório e do coração. Este estudo possibilitou identificar as microrregiões do estado do RN mais vulneráveis à seca com prioridade de elaboração de ações públicas que mitiguem os impactos na saúde pública.