Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Keyla Soares |
Orientador(a): |
Fancelli, Marilene |
Banca de defesa: |
Rocha, Leandro Souza,
Silva, Suely Xavier de Brito |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Defesa Agropecuária
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Departamento: |
CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1034
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Resumo: |
A banana (Musa spp.) é uma das frutas mais consumidas no mundo. Ocupa o segundo lugar em volume de frutas produzidas no Brasil. A Bahia é atualmente o maior produtor de banana do país. Entretanto, os entraves fitossanitários podem ocasionar prejuízos significativos, como é o caso da murcha de Fusarium, doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc). A infecção por esse patógeno provoca destruição do sistema vascular, com severo impacto sobre a produção. É de difícil erradicação devido a sua longevidade, pois tem a capacidade de sobreviver por vários anos no solo, sendo de fácil disseminação por meio dos esporos. Atualmente, a presença da broca-do-rizoma (Cosmopolites sordidus), inseto-praga bastante disseminado nos bananais do país, tem sido associada com o Foc, sendo que na Austrália esse inseto foi relacionado como vetor da raça tropical (TR4), patógeno de importância quarentenária para o Brasil. Considerando que a broca-do-rizoma da bananeira, ao se alimentar de rizomas de plantas infectadas, pode alojar os esporos do fungo causador da doença no seu corpo, sua ocorrência pode agravar o quadro da transmissão e dificultar o seu manejo. Dois experimentos foram realizados com os seguintes objetivos: (1) avaliar o potencial de transmissão do agente causal da murcha de Fusarium por adultos de C. sordidus; (2) verificar se existe associação entre C. sordidus e Foc e (3) avaliar a atratividade de diferentes partes de bananeiras sadias e infectadas pelo agente causal da murcha de Fusarium a C. sordidus. No primeiro experimento, quatro cultivares de bananeira (Grande Naine, Maçã, Prata Anã e Princesa) foram avaliadas quanto ao efeito da infestação por C. sordidus em associação ou não com Foc. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado em parcelas subdivididas com dez repetições. Os tratamentos consistiram de: 1) testemunha, 2) infecção com Foc, 3) infestação por C. sordidus, 4) infestação por C. sordidus + Foc (internamente ao inseto) e 5) infestação por C. sordidus + Foc (externamente ao inseto). As variáveis avaliadas (altura de plantas, diâmetro do pseudocaule e número de folhas vivas) foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Verificou-se interação entre C. sordidus e Foc nas diferentes cultivares de bananeira testadas pela associação com o patógeno no corpo dos insetos. No segundo experimento, avaliou-se a atratividade de rizoma, pseudocaule e folhas de bananeiras cv. Maçã sadias e infectadas pelo Foc a fêmeas de C. sordidus. Os testes foram feitos em arenas em delineamento inteiramente casualizado com 36 repetições para cada parte da planta. Em cada arena, foram liberadas cinco fêmeas. A escolha das fêmeas foi observada após o período de 30 minutos. As variáveis avaliadas foram o número de insetos em cada um dos tratamentos e o número de insetos na área sem resposta. As médias dos dados foram submetidos ao teste t (p<0,05). Fêmeas de C. sordidus responderam positivamente ao pseudocaule e rizoma de bananeira. Por sua vez, o inseto foi menos atraído pelos odores de planta infectada. Esse resultado indica que a atratividade do inseto às plantas é mediada pelos compostos orgânicos voláteis. O conhecimento acerca do seu comportamento pode ser utilizado no monitoramento e controle da praga. Com o risco existente de uma possível introdução do Foc TR4, medidas de contingenciamento devem ser estabelecidas, uma vez que adultos de C. sordidus podem transportar esporos em seu exoesqueleto ou internamente, atuando como vetor do patógeno. |