Modelagem dos efeitos de Debris nos mecanismos de sobrevivência de Fusarium oxysporum F. sp. Passiflorae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vieira, Joyse Brito
Orientador(a): Laranjeira, Francisco Ferraz
Banca de defesa: Soares, Ana Cristina Fermino, Oliveira, Saulo Alves Santos de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1092
Resumo: A murcha de Fusarium causada por Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae (Fop) é considerada a principal doença de origem fúngica da cultura do maracujá. Esse patógeno pode sobreviver por longos períodos no solo na forma de clamidósporos, além de exercer o saprofitismo. Diante disso, tornam-se difíceis medidas preventivas de controle desse patógeno. Dentre as estratégias para o manejo de doenças ocasionadas por patógenos de solo, a biofumigação por incorporação de repolho e mandioca brava tem sido estudada. Nessa perspectiva, o objetivo desse trabalho foi quantificar e modelar a influência de diferentes materiais vegetais na fase de sobrevivência de Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae em condições de laboratório. Foi realizado teste de patogenicidade utilizando duas metodologias. As variáveis avaliadas foram: crescimento micelial em substrato infestado, seguida de plaqueamento para determinação do número de Unidades Formadoras de Colônias (UFC), produção e germinação de clamidósporos ao contato com os debris em seis períodos de tempos de incubação. Os dados de crescimento micelial produção e germinação de clamidósporos foram submetidos a análise de variância e agrupadas pelo teste de Scott-Knott a 1% de probabilidade. Foi calculada a área abaixo da curva de crescimento micelial (AACCM) e germinação de clamidósporos (AACGC), o modelo matemático utilizado pertence à família dos modelos sigmoides. A incorporação de repolho e mandioca brava causou efeito fungistático sob Fop promovendo redução no crescimento micelial, UFC, produção de clamidósporos em todos isolados testados, além de interferir na germinação dos clamidósporos. Esses materiais vegetais inibiram a germinação de 78% dos isolados e reduziram o percentual de germinação de clamidósporos dos demais isolados avaliados. A redução na produção e germinação de clamidósporos é um dado promissor, uma vez que essas estruturas de resistência possibilitam que o patógeno permaneça viável no solo por muitos anos.