Criopreservação e crioterapia de ápices caulinares para erradicação do complexo viral associado a murcha (PMWAV) em variedades silvestres do gênero ANANAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guerra, Patrícia Araújo lattes
Orientador(a): Souza, Fernanda Vidigal Duarte lattes
Banca de defesa: Souza, Fernanda Vidigal Duarte lattes, Ledo, Ana da Silva lattes, Andrade, Eduardo Chumbinho de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: PPG1
Departamento: Departamento 1
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://localhost:8080/handle/prefix/1057
Resumo: Estratégias de conservação e erradicação de patógenos têm sido propostas para diversas culturas que tenham coleções in vitro e no campo. O ataque de pragas e doenças vem causando perdas significativas em germoplasma do gênero Ananas . Sendo assim, o desenvolvimento e otimização de protocolos de criopreservação e crioterapia de variedades cultivadas e silvestres de abacaxi tornam-se necessárias para conservação desses recursos genéticos. No presente estudo foram utilizadas plantas de abacaxizeiros provenientes de quatro variedades botânicas pertencentes ao Banco Ativo de Germoplasma de Abacaxi (BAG Abacaxi) e dois híbridos oriundos do programa de melhoramento genético do abacaxizeiro da Embrapa Mandioca e Fruticultura. O objetivo geral desse trabalho foi avaliar as condições do material de partida (ápices caulinares) em diferentes tempos de cultivo da planta doadora e sua correlação com as porcentagens de regeneração, assim como, estabelecer um protocolo de crioterapia para remoção do complexo viral da murcha do abacaxizeiro (o PMWaV). Para os estudos do material de partida foi utilizada a técnica de criopreservação já estabelecida para ápices caulinares de abacaxi. Plantas in vitro foram cultivadas por 30, 45 e 60 dias para retirada dos ápices caulinares a serem criopreservados. Foram avaliadas as porcentagens de regeneração em cada tratamento tanto para os grupos controle quanto aos ápices expostos ao nitrogênio líquido, e realizados cortes histológicos para avaliação da anatomia do material de partida. Para os ensaios de crioterapia foram realizados procedimentos de indexação via RT-PCR em dois momentos distintos, antes e depois do congelamento. Os resultados indicaram uma interação entre o tempo de cultivo da planta doadora e os genótipos, influenciando de forma significativa nas porcentagens de regeneração dos ápices caulinares. Os acessos A. comosus var. c omosus (BGA 009), A. comosus var. b racteatus (BGA 119) apresentaram as maiores porcentagens de regeneração com 95 % e 90 %, respectivamente, para o tempo de cultura de 30 dias dias. Os cortes histológicos explicaram o insucesso de alguns tratamentos após o congelamento. Para os BGA-009 e BGA-376 (A. comosus var. parguazensis) a crioterapia foi eficiente na remoção do complexo viral. No entanto, para o BGA-119 o PMWaV-3 foi eliminado em cerca de 83 % das plantas tratadas. Esses resultados são promissores para a melhoria da metodologia de criopreservação e para que a crioterapia possa ser utilizada como metodologia de rotina para a remoção do complexo viral da murcha do abacaxizeiro em germoplasma de abacaxi.