Indicadores de bem-estar animal em caprinos sob duas abordagens analíticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vivas, Ana Paula Portela Gomes
Orientador(a): Cavalcante, Ana Karina da Silva
Banca de defesa: Bagaldo, Adriana Regina, Strada, Evani Souza de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Defesa Agropecuária
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1041
Resumo: Avaliou-se o bem-estar animal de 80 caprinos por meio do comportamento social, ambiência e por meio do protocolo da AWIN. Destas, 14 cabras foram selecionadas aleatoriamente para avaliação do comportamento ingestivo. As avaliações do comportamento social e ingestivo ocorreram em intervalos de 10 minutos, semanalmente, com duração de 12 horas, durante 60 dias. Os dados microclimáticos foram colhidos simultaneamente à avaliação dos animais, em intervalos de duas horas. Após a mensuração das variáveis relacionadas à ambiência, aos comportamentos ingestivo e social, os dados foram compilados em um banco de dados, a partir do qual se obteve quatro Comportamentos-Tipo por meio de uma Classificação Hierárquica Ascendente (CHA) dos valores dos Componentes Principais (CP) que explicaram 53,67% da variância observada. Para avaliação do protocolo da AWIN foi realizada a Correlação de Person entre as variáveis de primeiro e segundo nível (p< 0,01 e p<0,05). Cada comportamento-tipo obtido refletiu o agrupamento dos padrões comportamentais levando-se em conta o comportamento ingestivo, social e sua variação em função da ambiência. A coerência interna dos tipos foi garantida pela diferença (3,17; p<0,01) entre os autovalores dos dois primeiros CP. Observou-se que o comportamento-tipo 1 concentrou os momentos de melhor ambiência, os tipos 2 e 3 concentraram os momentos de pior ambiência, sendo que o tipo 3 também concentrou as interações agonísticas em função da radiação. No tipo 4 ocorreram as interações sociais observadas como um todo, sendo este tipo intermediário em relação à ambiência entre os tipos 1 e 2. Encontrou-se correlação entre as variáveis da AWIN analisadas. Conclui-se que a ambiência ruim na maior parte do tempo, bem como a baixa disponibilidade de forragem alteraram tanto o comportamento ingestivo quanto o comportamento social dos caprinos. Conclui-se ainda que a ferramenta da AWIN foi eficiente na avaliação do bem-estar animal, embora não avalie profundamente os efeitos da ambiência, principalmente em climas tropicais. Como consequência o bem-estar dos animais foi considerado pobre no presente estudo.