Atributos físicos e carbono do solo em sistemas agroflorestais e monocultivo com palma de óleo na Amazônia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Raimundo Leonardo Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1671
Resumo: O dendezeiro ou palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.) é cultivado tradicionalmente na Amazônia em sistemas de monocultivo. No entanto, sistemas agroflorestais (SAFs) com palma de óleo tem sido estudados e recomendados como alternativa de menor impacto ambiental ao monocultivo desta cultura. No cenário atual, de mudanças climáticas, é premente a busca por práticas de manejo e sistemas de produção, que proporcionem mais serviços ambientais, como a conservação do solo e da água. Nesse sentido, os SAFs com dendezeiro apresentam grande potencial de melhorar a qualidade física do solo e de armazenar mais carbono em agregados do que o monocultivo de dendê. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar se práticas de manejo e se os sistemas de cultivo (SAFs e monocultivo) com palma de óleo afetam a qualidade física e o carbono do solo. Realizamos o estudo em dois SAFs e um monocultivo com palma de óleo, localizados no município de Tomé-Açu, estado do Pará, Amazônia Oriental, Brasil. Coletamos amostras indeformadas e deformadas de solo nas camadas 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30 cm do solo nas zonas de manejo (coroamento da palma de óleo, caminho da colheita, pilha de folhas e faixa diversificada). No laboratório determinamos a densidade do solo, porosidade, estabilidade de agregados, curva de retenção de água e teor de carbono em macro e microagregados do solo. A resistência à penetração (RP) determinamos em campo, por meio de um penetrômetro de impacto modelo Stolf. Em geral, as zonas de manejo sem tráfego de máquinas (coroamento da palma de óleo, pilha de folhas e faixa diversificada) apresentaram maior teor de carbono e melhor qualidade física do solo nas camadas superficiais (0-5 cm e 5-10 cm) do que o caminho da colheita, que apresentou pior qualidade física do solo, ou seja, menor agregação, porosidade, retenção de água, teor de carbono e maior densidade do solo. No SAF, provavelmente o maior acúmulo de serapilheira sobre o solo influenciou em maior umidade e, consequentemente, menor RP do que no monocultivo. No geral, os sistemas de cultivo com palma de óleo estocam mais carbono em macroagregados do que microagregados. O SAF apresentou maior potencial de armazenar carbono em macroagregados do solo do que o monocultivo de dendê. Dependendo do conteúdo de água do solo, a RP atingiu valores críticos, o que pode limitar o crescimento de raízes. Práticas de manejo que aumentem os teores de carbono no caminho da colheita devem ser priorizadas para diminuir a degradação da qualidade física do solo nessa zona de manejo. Portanto, o cultivo de palma de óleo em SAFs apresenta grande potencial de armazenar mais carbono em agregados e de melhorar a qualidade física do solo no longo prazo do que o monocultivo de dendê.