Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
CUNHA, Denise de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA/MPEG
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Resumo: |
O projeto de Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte projetado no baixo curso do rio Xingu, Pará, será a 2a maior hidrelétrica exclusivamente brasileira, com uma capacidade de produção de energia de cerca de 11.000 MW. Esse projeto prevê a construção de um reservatório de 440 km2, que resultará no alagamento de habitats colonizados por dois tipos de vegetação adaptadas a variação cíclica do nível do rio Xingu. Estas vegetações são classificadas como florestas ombrófilas aluviais e formações pioneiras, sendo esta última a vegetação analisada nesta dissertação. As formações pioneiras crescem sobre ilhas de substrato rochoso e estão sujeitas a longos períodos de inundações. O objetivo desta dissertação foi calcular a perda de habitat e caracterizar a riqueza, diversidade, estrutura e composição de espécies nas formações pioneiras na área do Projeto Belo Monte. A área do Projeto Belo Monte é dividida em três locais, em função do tipo de impacto do empreendimento: local 1 (área controle), local 2 (reservatório do rio Xingu) e local 3 (trecho de vazão reduzida). O cálculo da perda de habitat foi feita a partir do mapa digital da área do Projeto Belo Monte. A amostragem das formações arbustiva/arbórea foi realizada usando parcelas de 5x20 m e parcelas de Ixlm para as formações herbáceas. O nível da perda de habitat variou entre os tipos de formações pioneiras. A construção do reservatório do rio Xingu implicará em perda de habitat de até 40% nas fitofisionomias sujeitas à inundação no local 2, o que pode refletir diretamente na diminuição de espécimes da flora e fauna presentes na região. A perda de habitat no local 3 variou de 43% à 74% entre os tipos de formações pioneiras. Neste caso o principal impacto será a mudança nos padrões de reprodução que estão relacionados com o ciclo de inundação do rio Xingu. A riqueza da formação pioneira arbustivo/arbórea variou de 37 à 43 entre os locais amostrados. Houve diferença significativa de riqueza, diversidade, densidade e área basal entre os três locais de amostragem. Contudo os coeficientes de regressão são extremamente baixos explicando somente 8% da variação. Neste caso, para evitar erros do tipo II, estes resultados devem ser usados com precaução, considerando-se melhor a equivalência entre os três locais. As dez espécies das formações pioneiras arbustivo/arbóreas mais importantes em relação à densidade, freqüência e dominância relativas totalizam mais de 85%, 72 % e 84%, respectivamente, entre as quais Myrciaria florihunda. Conepia cataractae, Vitex cf. duckei, Campsiandra comosa var. laurifolia, Acosmium niten, e Licania leptostachya foram comuns aos três locais de amostragem. As dez espécies herbáceas mais importantes com relação à densidade relativa e freqüência totalizam mais de 86% e 73%, respectivamente. Não houve variação na composição florística das formações pioneiras entre os locais amostrados, assim o local 1 que não sofrerá impacto do empreendimento pode compensar os impactos a que serão submetidas as formações pioneiras herbáceas e arbóreo-arbustiva encontradas nos locais 2 e 3. |