24-Epibrassinolide: a molecule with multiple benefits against heavy metal toxicity in plants.

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: MAIA, Camille Ferreira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: eng
• Instituição de defesa: UFRA/Campus Belém
• Palavras-chave em Português: Poluentes; Brassinosteróide; Metais pesados; Plantas - Reguladores de crescimento; Pollutant; Brassinosteroids; Heavy metals
• Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1687

Vários poluentes têm sido lançados na atmosfera por meio de inúmeras atividades humanas, entre esses estão os metais pesados (HMs), que são as principais ameaças ao meio ambiente por suas características potencialmente citotóxicas, genotóxicas e mutagênicas. Dentre os HM, Ni e Pb são elementos que podem causar fitotoxicidade, afetando o desempenho fisiológico e o acúmulo de biomassa. Para superar essas interferências negativas, os brassinosteróides (BRs) surgem como reguladores de crescimento de plantas que desempenham uma variedade de funções fisiológicas que também conferem resistência às plantas contra vários estresses bióticos e abióticos, sendo 24-epibrassnolide (EBR) um dos mais biologicamente ativos. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi verificar se a aplicação exógena de EBR pode amenizar os danos provocados pelo estresse induzido por metais pesados, especificamente por Ni e Pb, em tomateiro, avaliando as respostas bioquímicas, fisiológicas, anatômicas e nutricionais. Assim, dois experimentos foram planejados e executados, o primeiro analisou a ação da EBR sobre os efeitos deletérios do excesso de Ni (experimento I), e o segundo avaliou o papel desse esteroide na mitigação da toxicidade do Pb (experimento II). Os dois experimentos foram randomizados com quatro tratamentos cada, o experimento I com duas concentrações de níquel (0 e 400 µM Ni, descritos como - Ni e + Ni, respectivamente), e o experimento II também com duas concentrações de chumbo (0 e 200 µM Pb, descritos como - Pb e + Pb, respectivamente), foram utilizados em ambos os experimentos dois níveis de EBR (0 e 100 nM EBR, descritos como - EBR e + EBR, respectivamente). Em relação ao experimento I, os resultados mostraram que o EBR aliviou o estresse do Ni por meio da regulação positiva do sistema antioxidante com incrementos de 44%, 27%, 46% e 35% em SOD, CAT, APX e POX, respectivamente, auxiliando na proteção do maquinário fotossintético e estimulando o acúmulo de biomassa. Já para o experimento II, os resultados demonstram as interferências causadas pelo estresse de Pb em tomateiro, porém a aplicação exógena de EBR também mitigou os efeitos negativos, confirmados pela melhora na anatomia radicular com aumentos de 23%, 24% e 20% em RET, RDT e RMD, respectivamente, consequentemente promovendo ganhos de 95%, 115% e 92%, na biomassa foliar, radicular e total, respectivamente. Portanto, esta pesquisa demonstrou que a EBR amenizou os danos provocados pelo estresse de Ni e Pb em tomateiros.