Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SANTOS NETA, Ernestina Ribeiro dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA - Campus Belém
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1686
|
Resumo: |
A pesquisa com alimentos alternativos disponíveis regionalmente para alimentação de ruminantes é uma importante área da nutrição animal visando a diversificação das dietas e o barateamento dos custos de produção. Dessa forma, a tese foi conduzida na Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Parauapebas, Brasil, para verificar a possibilidade de uso de alimentos regionais adquiridos por um custo mais baixo do que os alimentos tradicionalmente utilizados e assim constituir um plano nutricional de baixo custo para os produtores. A pesquisa foi desenvolvida a partir de três experimentos para caracterizar subprodutos disponíveis na região amazônica e sua utilização sobre os parâmetros de degradação ruminal, consumo e digestibilidade de nutriente, fermentação ruminal e comportamento ingestivo de ovinos. O primeiro experimento foi conduzido para caracterizar e avaliar a degradabilidade in situ da matéria seca (MS), fibra em detergente neutro (FDN) e da proteína bruta (PB) dos subprodutos oriundos do dendê (torta, amêndoa e fibra de dendê), macaúba (torta de polpa e torta de amêndoa), açaí (caroço de açaí), babaçu (torta da amêndoa), abacaxi (casca, coroa e bagaço ensilado). Posteriormente, conduziu-se ensaio um experimento com dez ovinos fistulados no rúmen distribuídos em delineamento experimental composto por dois quadrados latinos simultâneos 5 x 5 (períodos x tratamentos) para avaliar o consumo e digestibilidade dos nutrientes, balanço de nitrogênio e parâmetros ruminais de ovinos alimentados com dietas contendo diferentes níveis de inclusão (0; 26,66; 53,33 e 80%) de torta de babaçu onde o volumoso era composto por silagem de resíduo úmido de abacaxi e mais um tratamento com concentrado convencional e volumoso composto por silagem de capim elefante. A partir do segundo experimento gerou-se também o terceiro capítulo da presente tese avaliando-se a produção microbiana, eficiência de síntese produção microbiana, a concentração de ácidos graxos voláteis e quantificação e identificação de protozoários presentes no líquido ruminal. No terceiro experimento avaliou-se o comportamento de cordeiros alimentados com torta de babaçu em substituição à silagem de capim elefante em 45 cordeiros alojados em baias individuais com alimentação a vontade e distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos (0; 12,5; 25; 37,5 e 50% de inclusão de torta de babaçu) e nove repetições, em que todos os tratamentos obedeceram a relação volumoso concentrado 40:60. Com base na composição química e degradabilidade in situ dentre os ingredientes testados, a amêndoa de dendê, torta de polpa de macaúba e silagem de resíduo de abacaxi apresentaram as melhores características de alimentos proteicos. Enquanto, a amêndoa de dendê, a torta de amêndoa de macaúba, a torta de babaçu e a silagem de resíduo de abacaxi apresentaram as melhores características de alimentos volumosos. Verificou-se também que a torta de babaçu pode substituir o farelo de soja em até 80% quando a fonte de volumoso for a silagem do resíduo úmido de abacaxi. A utilização de silagem de resíduo úmido de abacaxi melhora o consumo e digestibilidade de nutrientes, ingestão, retenção e absorção de nitrogênio, sem comprometer os parâmetros ruminais de ovinos e sem promover efeito sobre a eficiência de síntese de proteína microbiana, produção de AGV e contagem e identificação de protozoários ruminais. A torta de babaçu pode substituir a silagem de capim elefante em até 50%, sem alterar o tempo de alimentação e mastigação total, o que permite melhorar a eficiência de alimentação e ruminação. |