Cultivo hidropônico de alface em condição de elevada temperatura: avaliação do desempenho de cultivares e suplementação com magnésio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BITTENCOURT, Ricardo Falesi Palha de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1662
Resumo: A alface (Lactuca sativa) é a hortaliça folhosa mais comercializada no mundo, tendo seu consumo predominantemente na forma “in natura”, sendo o tipo crespa a mais comercializada no Brasil. Contudo, a alface é oriunda de climas temperados, apresentando algumas limitações quando cultivada em regiões com temperaturas superiores à 28 °C, ficando susceptível a expressar pendoamento precoce, o qual prejudica a produção e qualidade dessa folhosa. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de cultivares de alface crespa em sistema hidropônico sob condição de temperatura elevada, e em diferentes concentrações de magnésio (Mg) na solução nutritiva. Para tal, foram realizados dois ensaios com delineamento inteiramente casualizado. O primeiro ensaio avaliou o desempenho produtivo, fisiológico e de qualidade pós-colheita de nove cultivares de alface crespa. O segundo ensaio avaliou o efeito das concentrações de 0,01, 0,5, 1, 2 e 4 mmol L-1 na atividade de enzimas antioxidantes, extravasamento de eletrólitos das folhas, desempenho fisiológico, crescimento, produção e qualidade pós colheita de duas cultivares de alface (Olinda e Mônica), uma tolerante e outra susceptível a condição de temperatura elevada. As cultivares Olinda e Cristina foram as que expressaram melhor desempenho produtivo, além de apresentarem tolerância ao pendoamento precoce. Destacamos ainda as diferenças entre as cultivares Olinda e Cristina, as quais atendem dois mercados distintos na alfacicultura. A cultivar Olinda atende à demanda de mercado de alimentos funcionais, por apresentar elevado teor de compostos antioxidantes, enquanto a cultivar Cristina, atende o mercado tradicional brasileiro, que consome alfaces crespas com coloração verde clara. Observamos ainda dentre os materiais testados a cultivar Mônica como a mais susceptível ao pendoamento em regiões de climas quentes. Quanto aos efeitos das concentrações de Mg, observamos que a concentrações ótimas de Mg na cultivar Mônica, reduziu as perdas produtivas e de pós-colheita, contudo não foi suficiente para mitigar a expressão do pendoamento precoce. Ainda, o Mg promoveu melhorias na capacidade de resposta antioxidante, desempenho fotossintético, crescimento e produção das cultivares de alface, com concentrações críticas estimadas de 2,44 mmol L-1 e 2,92 mmol L-1, respectivamente para as cultivares Olinda e Mônica.