Anatomia foliar comparada em espécies de Oenocarpus Mart. (Arecaceae) de Belém, Pará, Brasil: uma contribuição taxonômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: SILVA, Rolf Júnior Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/MPEG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/391
Resumo: Questiona-se, no presente estudo, se Oenocarpus bacaba Mart., O. dislichus Mart., O. mapora H. Karst. e O. minor Mart. exibem diferenças anatômicas qualitativas que permitam a identificação das mesmas, visto que pertencem a subfamília Arecoideae a qual, dentre as Arecaceae, é considerada anatomicamente uniforme, cujas diferenças estruturais, se presentes, ocorrem apenas a nível quantitativo. Para tanto, analisou-se comparativamente a organização estrutural e histoquímica foliares destas espécies, empregando-se as técnicas usuais em anatomia vegetal à dissociação de epidermes, secções transversais e longitudinais, maceração, coloração e histoquímica, adotando-se as microscopias de luz e eletrônica de varredura às observações. Verificou-se que as pinas, nestas espécies, são anfiestomáticas e apresentam tecido epidérmico heteromórfico revestido por cutícula lisa, sobre a qual há depósitos de cera epicuticular nas formas filamentosas de extremidade gancheiforme e em placas retangulares; possuem estômatos tetracíticos e tricomas tectores bifilamentosos aparentemente pluricelulares. O mesofilo é dorsiventral com braquiesclereídes, estruturas secretoras de mucilagem e feixes vasculares colaterais secundários e terciários, para os secundários diagnosticou-se quatro tipos, sendo o tipo III o único comum às espécies. Outras características como estômatos ciclocíticos; número de estratos do tecido de expansão; contorno geométrico e padrão de distribuição do esclerênquima da nervura central e margem das pinas, mostraram-se peculiares a determinados taxa. Em relação ao axis foliar, constatouse que, na região periférica, a estrutura da ráquis, pecíolo e bainha assemelha-se nas referidas espécies de Oenocarpus Mart., porém, as diferencia quanto à forma e organização do tecido parenquimático das regiões mediana e central. Chama-se atenção a diversidade morfológica dos feixes vasculares verificada nesta região foliar, permitindo classificá-los em 44 tipos e reuni-los em nove grupos. Em todos os quatro representantes estudados, tanto nas pinas como no axis foliar, observou-se: macroesclereídes e astroesclereídes; fibras libriformes com extremidades morfológicas variadas; traqueídeos com espessamento parietal anelar e helicoidal laxo e denso; elementos de vaso com pontuações escalariformes, opostas e alternas, apresentando espessamento parietal anelar, reticulado, escalariforme-reticulado e pontuado, além de placas perfuradas simples e múltiplas em orientação transversal e oblíqua. Quanto às substâncias ergásticas, diagnosticou-se mucilagem, grãos de amido e sílica sob a forma de corpos elípticos e esférico-espiculados. Elaborou-se uma chave de identificação anatômica às espécies analisadas de Oenocarpus Mart., demonstrando que há entre estas diferenças estruturais significativas a nível qualitativo.