Sistemas agroflorestais: manejo, sustentabilidade e percepção ambiental dos agricultores de Tomé – Açu, Pará, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: POMPEU, Gisele do Socorro dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1199
Resumo: Os sistemas agroflorestais (SAF) cumprem, em grande medida, o desafio de atender a crescente demanda de produção de alimentos alinhada com a conservação ambiental. O objetivo deste estudo é avaliar os sistemas agroflorestais através do manejo do componente arbóreo e da percepção dos agricultores na agricultura familiar e empresarial no município de Tomé Açu, estado do Pará, Brasil. A coleta de dados ocorreu em SAF da agricultura familiar (SAF-AF), SAF da agricultura empresarial (SAF-AE) e com artesãos que confeccionam artefatos em madeira. Os dados foram analisados pela estatística descritiva e estatística multivariada. A pesquisa foi organizada em três capítulos. O primeiro capítulo analisa a fitossociologia e o uso das espécies cultivadas nos SAF. Os resultados apontaram que: os SAF-AF apresentam maior riqueza florística, maior diversidade de espécies e maior equilíbrio na abundância das espécies em relação aos SAF-AE; As espécies frutíferas apresentam maior nível de importância e o maior número de finalidades nos SAF-AF e SAF-AE quando comparados às espécies arbóreas; Devido sua composição, estrutura, produção e uso diversificados, os SAF de Tomé-Açu constituem-se numa alternativa sustentável de produção agrícola. O segundo capítulo aborda o manejo dos SAF através da sustentabilidade e do potencial de utilização dos resíduos da poda. Os resultados apontaram que: O uso da poda como estratégia de manejo contribui para a sustentabilidade ambiental, econômica e sociocultural nos sistemas agroflorestais de Tomé-Açu e nas atividades de confecção de artefatos em madeira; A sensibilização dos agricultores para a prática da poda no manejo do componente arbóreo depende do conhecimento sobre os benefícios relacionados à sustentabilidade dos sistemas; A madeira obtida do resíduo da poda do componente arbóreo se estabelece como mais um produto dos sistemas agroflorestais familiares de Tomé-Açu. O terceiro capítulo contempla a percepção agroflorestal dos agricultores. Os resultados apontaram que: Os agricultores familiares e empresariais possuem percepções distintas sobre os SAF; O caráter ambiental é fortemente considerado pelos agricultores familiares enquanto que os agricultores empresariais baseiam-se em observações econômicas na construção da percepção agroflorestal; A sensibilização de agricultores para a adoção dos SAF depende da ampliação do aceso à informação, da valorização dos produtos, e de investimentos em insumos e mudas.