Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
MARTINS, Carmen Grasiela Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA - Campus Belém
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1847
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Resumo: |
O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma palmeira nativa do bioma amazônico de ocorrência natural em áreas de várzea, de grande exploração extrativista e produção sazonal concentrada no período com o menor regime pluviométrico da região. Com a crescente demanda pela polpa do fruto nos mercados nacionais e internacionais houve a expansão da produção para áreas de terra firme, porém ainda há muitas lacunas a respeito de como ocorre a interação com a dinâmica de água em solos de terra firme. O objetivo foi avaliar a variação espacial e temporal do teor de umidade do solo (θv) em dois sistemas de plantio do açaizeiro, um monocultivo e um consorciado, para subsídio à implantação destes cultivos em áreas de terra firme e para melhoria do manejo de água. O experimento foi conduzido no ano de 2019 em um plantio comercial de açaizeiro em Castanhal-PA, com área de aproximadamente 0,6 ha, implantado em dois sistemas de plantio, monocultivo e consorciado com a cultura do cupuaçuzeiro, sob duas lâminas de irrigação de 0% e 100% da evapotranspiração de referência (ET0). Foram implantadas 12 baterias de tensiômetros de punção em cinco profundidades (0,1; 0,2; 0,3; 0,4 e 0,5 m) próximo às touceiras de açaizeiro para monitoramento da tensão no solo nos diferentes sistemas de plantio. As coletas foram realizadas diariamente no período de 7 às 8 h da manhã utilizando tensímetro digital e régua, durante os meses de abril a dezembro. As umidades foram estimadas pelo modelo ajustado de Van Genuchten (1980) com base nas curvas de retenção das profundidades estudadas. Os valores médios e desvios-padrão do θv foram analisados nos dois sistemas de cultivo com e sem irrigação durante os nove meses de monitoramento. A estabilidade temporal do θv foi analisada pela diferença relativa e pela correlação de Spearman. Foi utilizada a análise multivariada de componentes principais (ACP) para identificar as associações do θv nas diferentes profundidades com as propriedades físicas, densidade de raízes e os elementos climáticos avaliados no período. Os resultados mostram que o tipo de sistema de cultivo com e sem irrigação influenciam na variabilidade espacial do θv, apresentando maior variação nos sistemas de sequeiro em todas as profundidades, respondendo aos eventos de precipitação, principalmente nas camadas de 0,1 a 0,3 m. A análise de estabilidade temporal identificou a área de consórcio como a mais representativa para as estimativas do θv nas camadas de 0,1 a 0,4 m, sendo a camada de 0,5 m melhor representada no monocultivo, enquanto que a matriz de correlação de Spearman, de modo geral, identificou em todas as áreas avaliadas instabilidade do θv, mesmo nas áreas irrigadas. Nas associações do θv e as propriedades físicas e densidade de raízes, o θv não se associou a nenhuma das características, enquanto que a associação com os elementos climáticos explicaram as variações que ocorreram durante o período de análise. Portanto, as variações do θv sofrem influência dos elementos climáticos relacionados com a evapotranspiração, principalmente no período identificado como seco e nas áreas que não recebem irrigação, onde todas as camadas sofrem grande variação. |