Utilização do propofol em coelhos com insuficiências hepática, pulmonar e renal agudas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vilani, Ricardo Guilherme D'Otaviano de Castro
Orientador(a): Susko, Itaira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/28812
Resumo: Propofol é um anestésico geral que possui imediato inicio de ação, curta duração e rápida recuperação devido ao grande potencial para distribuição corpórea e metabolização pelo fígado e por sítios extra-hepáticos. O objetivo deste trabalho é demonstrar o desempenho da anestesia com propofol em coelhos sadios e com grave comprometimento de fígado, rins e pulmão, destacando a duração e a profundidade anestésica, além de contribuir para o estabelecimento da real importância desses órgãos na depuração do propofol em coelhos. Foram utilizados 26 coelhos com idade entre 45 e 50 dias e peso entre 1,1 e 1,9 kg, divididos em três grupos: o grupo 1 constando de 10 animais sadios, o grupo 2 também composto por 10 animais com insuficiências pulmonar e renal provocadas através da administração de 15 mg/kg de paraquat por via intraperitoneal 24 h antes da anestesia e o grupo 3 com seis coelhos com insuficiência hepática aguda provocada por tetracloreto de carbono PA na dose de 1,5 ml/kg por via intragástrica 48 horas antes do ato anestésico. A anestesia foi induzida pela administração intravenosa de 10 mg/kg de propofol e imediata manutenção com a infusão de 1,5 mg/kg/min durante 10 minutos. Os animais do terceiro grupo apresentaram uma duração anestésica significativamente maior , com o final do plano cirúrgico de anestesia ocorrendo 21,5 minutos após a última administração do anestésico, contra 6,3 minutos do grupo controle e 7,8 minutos do grupo 2. Também foi observado em todos os grupos uma redução na freqüência respiratória, temperatura e saturação de oxigênio, e uma redução na pressão arterial média apenas no grupo controle. A anestesia atingiu planos profundos, com intenso relaxamento muscular e inconsciência. O comprometimento renal e pulmonar não significou alterações na duração da anestesia com propofol em coelhos, mas proporcionou maior depressão respiratória e menor variação na pressão arterial. Coelhos com insuficiência hepática aguda apresentaram período de recuperação anestésica significativamente maior que os animais sadios, caracterizando o fígado como fundamental órgão para metabolização do propofol nesta espécie