Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Débora Mello da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/24067
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Resumo: |
Resumo: As mudanças climáticas podem afetar a distribuição e o grau de infestação dos artrópodes pragas através de efeitos diretos em seus ciclos de vida. Além disso, o clima pode causar efeitos indiretos sobre seus hospedeiros, competidores e inimigos naturais (predadores, parasitóides e entomopatógenos), o que, por conseqüência, pode afetar os danos causados pelos insetos. Neste estudo avaliou-se o efeito de cinco temperaturas (25°C, 28°C, 31°C, 34°C e 37°C) sobre aspectos biológicos de A. gemmatalis e no potencial de infecção de Bacillus thuringiensis (Bt). Constatou-se que todo o processo de desenvolvimento e sobrevivência sofreu influência significativa das diferentes temperaturas estudadas, sendo o ciclo de desenvolvimento inversamente proporcional ao aumento da temperatura. Nas temperaturas acima de 31°C, os insetos atingiram a fase de pupa ou até mesmo emergiram, mas produziram indivíduos deformados ou as fêmeas não ovipositaram ou seus ovos eram inférteis. Consequentemente, na geração F1 não houve sobreviventes entre os insetos encontrados nas temperaturas mais elevadas. A viabilidade de ovos manteve-se alta nas temperaturas de 25°C e 28°C e a razão sexual não foi influenciada pelas temperaturas testadas. A longevidade foi maior a 25°C, enquanto na temperatura de 28°C, a longevidade das fêmeas, diferentemente do macho, foi reduzida. O peso de pupas sofreu influência somente das temperaturas, decrescendo com o aumento da mesma e não foi influenciado pelo tempo de alimentação dos insetos. De modo geral, os dados obtidos mostram que o aumento de temperatura afeta negativamente a biologia de A. gemmatalis, através da redução na duração dos ínstares e, consequentemente, no tempo de desenvolvimento. Além disso, diminui a sobrevivência dos adultos e a viabilidade dos ovos. A mudança de temperatura não afeta a ação do entomopatógeno Bt em A. gemmatalis na dose testada, que apresentou baixo número de sobreviventes em todas as temperaturas. Nas testemunhas o peso de pupas foi significativamente maior em relação às inoculadas com Bt em todas as temperaturas estudadas. Os dados obtidos até o momento permitem sugerir que o aquecimento global drástico e rápido pode causar impactos negativos nas populações de A. gemmatalis e, assim, diminuir a sua ocorrência e o problema na cultura da soja. Porém, estudos adicionais com sobreviventes da praga em altas temperaturas (31°C a 37°C), visando uma possível adaptação do inseto são necessários. |