Dinâmica da desigualdade de renda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Olmedo Martinez, Pamela Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30097
Resumo: Resumo: Nas décadas posteriores aos anos 80, a distribuição da renda, medida pelo coeficiente de Gini, aumentou, tanto no valor médio global quanto na dispersão entre países. Na década correspondente aos anos 1980-1990, a média do coeficiente de Gini aumentou em 0,12, e o desvio padrão foi de 0,2. Na década dos 90, a variação da média foi menor, de 0,03, mas o desvio padrão foi de 10,21. A contribuição deste trabalho é o reconhecimento da existência de múltiplos equilíbrios na determinação da desigualdade de renda, o que faz com que exista uma dinâmica dentro de um grupo em equilíbrio e outra dinâmica entre os diferentes grupos de desigualdade. Isto é, identificamos uma dinâmica intra grupo, e uma entre grupos. Diferente de outras pesquisas, nós categorizamos a dinâmica entre grupos de desigualdade, identificando a possibilidade de migrar para equilíbrios onde a desigualdade pode ser maior ou menor. Com isso, entendemos que é necessário um esforço político que fomente uma dinâmica mais favorável em termos de desigualdade, e acreditamos que o investimento público em educação é uma ferramenta importante dessa política. Identificamos os grupos dos equilíbrios de desigualdade apoiados na metodologia de clusters k-means. Elaboramos uma matriz de probabilidades de transição entre esses grupos e aplicamos um modelo Probit Ordenado para categorizar as possíveis migrações dos países e encontrar os fatores relacionados a essas migrações. Encontramos que ao longo do tempo os países se agrupam em três equilíbrios de desigualdade. Esses equilíbrios tendem a persistir ao longo do tempo pela baixa probabilidade de transição dos países para outros grupos menos desiguais. Nossos resultados reportam que o investimento público em educação é uma variável com relação positiva sobre a probabilidade de migrar para grupos de menor desigualdade. A educação primária guarda relação imediata com a diminuição da desigualdade, enquanto a secundária e terciária demoram mais tempo, embora tenham também relação positiva.