Doença crônica e ações de cuidado do familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Siemens, Carolina Kroeker Kroeger, 1982-
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26807
Resumo: Resumo: Os objetivos desta pesquisa foram identificar as ações de cuidados que os familiares de doentes crônicos executam para si, relacioná-las ao seu perfil, ao conhecimento dos fatores de risco e aos sentimentos em relação à doença crônica, e verificar a noção de risco de adoecimento destes familiares. A pesquisa é de natureza quantitativa descritiva e foi desenvolvida no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, localizado no município de Curitiba. A amostra foi composta por 98 familiares adultos de pacientes internados que possuíssem como um dos diagnósticos de internação a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Foram entrevistados mediante formulário de entrevista composto por três partes: a primeira, para identificar os participantes; a segunda, para avaliar seu conhecimento sobre a HAS e sentimentos em relação à doença; e a terceira, visava caracterizar os seus hábitos. As entrevistas foram realizadas no período de março a maio de 2011.Para avaliação da existência ou não de associação entre variáveis qualitativas, foram realizados os testes de Qui-Quadrado e o teste exato de Fisher. Os resultados mostraram que 75% dos familiares encontravam-se na faixa etária acima dos 30 anos, 67% eram do sexo feminino e 54% eram parentes de primeiro grau do internado. A percepção de risco de desenvolver a HAS foi relatado por 51% dos familiares. O percentual de indivíduos que mudam de hábito no momento do diagnóstico do paciente foi estimado em 24% e o percentual de indivíduos que mudam de hábito no momento da sua hospitalização foi estimado em 11%. As modificações relatadas se referem a evitar o sal na comida, cuidar do peso e evitar frituras. Entre os hábitos que não sofreram muito impacto, encontra-se a prática de exercícios físicos. Os motivos pelos quais os 72% dos entrevistados não mudaram os seus hábitos, mesmo após o diagnóstico de HAS de um membro da família ou sua internação, encontram-se: um estilo de vida saudável (53%); não faria diferença se mudassem de hábitos (31%); não saber que o seu familiar-paciente tinha HAS (11%); não conseguiram mudar seus hábitos (11%); não se importam em ter a mesma doença (11%); entre outros. Conclui-se que existe associação (valores de p < 0,05) entre mudança de hábito por ocasião do diagnóstico de hipertensão do parente e o gênero feminino, maior escolaridade e nível de renda. Além disso, os sentimentos de preocupação, medo, não aceitação e tristeza mostraram-se associados à mudança de hábito quando do internamento do doente. Sugere-se que os enfermeiros abordem as famílias que convivem com alguma doença crônica no ensino, na pesquisa e na assistência, e que orientem as famílias em relação aos riscos que estão expostas, estimulem a mudança de hábito e capacitem os indivíduos para melhorar e controlar a saúde.