Número, som e beleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bergonso, Melissa Carla Chornobay
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30451
Resumo: Resumo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar a estética musical em Boécio (480-524 d.C.), analisando quatro pontos: a noção de beleza, a noção de harmonia, a música sonora propriamente dita e a forma como ela influencia nos afetos humanos. Para isto, a pesquisa divide-se em dois capítulos distintos. No primeiro capítulo são apresentados os principais conceitos acerca da noção de belo em Boécio através de suas obras Topicorum Aristotelis Interpretatio e De Consolatione Philosophiae; e também os principais conceitos relacionados às harmonias (músicas) cósmica, humana e instrumental, também propostas por ele, utilizando-se, para isto, as obras De Institutione Musica e também De Consolatione Philosophiae. No segundo capítulo aborda-se a questão da música sonora propriamente dita e, tendo-se por base o livro De Institutione Musica, aponta-se os principais conceitos acerca das consonâncias e dissonâncias musicais; e também o modo como a música influencia o caráter e as disposições da alma humana. Os resultados indicam que o pensamento estético-musical de Boécio está fundamentado, em um primeiro plano, no número, na proporção e na ordem dos elementos, e, em um segundo plano, na apreensão sensível e racional dos sons. Observa-se que, para Boécio, existe uma centralidade da noção de harmonia enquanto ordem, tanto para a questão da beleza quanto para a questão das harmonias musicais. Verifica-se também que os conceitos de consonância e dissonância estão relacionados com a percepção sensível e matemática da música. Por fim, constata-se que a música exerce um papel emotivo/comportamental sobre o ser humano, dado seus efeitos psicológicos sobre ele.