Variáveis climáticas como estruturadoraas da diversidade beta em comunidades de anuros em escala regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Bonetti, Maria Fernanda
Orientador(a): Moura, Mauricio Osvaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/25510
Resumo: Resumo: Sabe-se, atualmente, que as comunidades são estruturadas por mecanismos diferentes, embora conectados, que atuam tanto em escalas locais, como em escalas maiores de tempo e espaço. Assim, compreender os fatores que geram esta estruturação passa a ser uma tarefa fundamental, com implicações na identificação de fatores que auxiliam na geração e manutenção da diversidade, bem como na predição de quanto as mudanças ambientais podem afetar a diversidade local e regional. A relação entre escala e diversidade foi introduzida por R. J. Whittaker, diferenciando as diversidades local, regional e a diversidade beta. A diversidade beta é a diferença da composição de espécies entre as comunidades. Existem muitos trabalhos que abordam a troca de espécies entre localidades com base em gradientes latitudinais, todavia, são poucos os estudos que buscam entender dinâmicas regionais. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo geral descrever como ocorre a variação das espécies, nas comunidades de Anura, em escala regional, usando descritores de habitat. Vários métodos multivariados como análise de correspondência, análise canônica e um método de partição da variação foram aplicados para determinar o efeito das variáveis climáticas, variação espacial e tipos florestais como mecanismos geradores de beta diversidade. A composição de espécies de Anura no Estado do Paraná muda de acordo com a mudança no gradiente vegetacional. Essa diferença na composição de espécies é devida a diferença na matriz vegetacional na qual os grupos de comunidades estão inseridos, bem como pelas diferenças climáticas associadas às formações vegetacionais. A distância geográfica também é positivamente relacionada com a beta diversidade do Estado do Paraná. A partição dos efeitos geográficos e climáticos indica que os efeitos climáticos são o único fator que afetam significativamente a mudança na composição das comunidades. No entanto, a variação conjunta entre geografia e clima explicam 68% da variação na composição. Neste contexto é hipotetizado que a seleção de habitats via dependências as condições climáticas seja o mecanismo responsável pela manutenção dos padrões de variação.