Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Bassani, Taysa Bervian |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/31908
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Resumo: |
Resumo: A Doença de Parkinson (DP) que afeta 1-2% da população acima de 65 anos, é a doença neurodegenerativa mais frequente depois da Doença de Alzheimer. Patologicamente, a DP é caracterizada pela morte lenta e progressiva de neurônios dopaminérgicos da substância negra parte compacta (SNpc) e pelo acúmulo citoplasmático de agregados proteicos denominados corpos de Lewy. Estas alterações patológicas levam a um quadro clínico caracterizado por muitos sinais motores típicos como tremor em repouso, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural. Apesar da etiologia da DP ser ainda desconhecida, vários fatores de risco ambientais têm sido implicados no seu desenvolvimento, incluindo a exposição ocupacional a pesticidas como a rotenona. A exposição experimental à rotenona em roedores reproduz muitas das características patológicas e comportamentais da DP e, por isso, vem sendo usada como modelo animal da doença. Até o momento, não há cura para a DP, sendo que os tratamentos disponíveis somente oferecem alívio sintomático sem, no entanto, evitar o progresso da neurodegeneração. Dessa forma, torna-se necessário pesquisar terapias neuroprotetoras capazes de modificar o curso desta doença do sistema nervoso central (SNC). A melatonina, um neuro-hormônio produzido e secretado pela glândula pineal, apresenta inúmeras funções fisiológicas importantes e vem sendo extensamente estudada devido ao seu potencial neuroprotetor. De fato, muitos estudos relatam que a melatonina protege os neurônios dopaminérgicos em modelos animais da DP. Porém, há também alguns relatos conflitantes que sugerem que a melatonina não é neuroprotetora e pode até mesmo exacerbar a degeneração neuronal e os sintomas da DP. O presente estudo investigou os efeitos do tratamento prolongado com melatonina em ratos previamente expostos à rotenona. Em nosso protocolo experimental, os animais foram tratados por 10 dias com rotenona (2,5 mg/kg) ou veículo por via intraperitoneal (i.p.) e, 24 horas depois, foram tratados com melatonina (10 mg/kg) ou veículo por via i.p. durante 28 dias. Um dia após a última exposição à rotenona, nós observamos que os animais apresentavam hipolocomoção no teste de campo aberto, a qual foi espontaneamente revertida até a última avaliação motora. No último dia experimental, a rotenona também mostrou comportamento tipodepressivo no teste de natação forçada, diminuição de dopamina (DA) estriatal e reduziu a imunoreatividade à tirosina hidroxilase (TH) na SNpc. Nós verificamos que o tratamento prolongado com melatonina após a lesão dopaminérgica não alterou a função motora dos animais, produziu efeito tipoantidepressivo, restabeleceu os níveis de DA estriatal e parcialmente restabeleceu a imunoreatividade à TH dos neurônios nigrais. Em conjunto, esses resultados indicam que a melatonina apresenta efeitos neuroprotetor e antidepressivo no modelo de rotenona da DP. |