Estratégias de adubação com zinco para biofortificação agronômica do trigo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pascoalino, João Augusto Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/35739
Resumo: Resumo:Em razão de ser componente básico da dieta da população, o trigo apresenta grande potencial para biofortificação - que visa obter cultivares com grãos mais nutritivos, através de programas de melhoramento genético convencional e/ou práticas agronômicas. O enriquecimento de grãos de cereais em micronutrientes por meio da biofortificação ajudará a reduzir os crescentes problemas nutricionais na população. A aplicação de fertilizantes com zinco (Zn) tem apresentado resultados promissores quanto ao aumento da sua concentração em grãos de trigo, principalmente em solos que apresentam baixos teores disponíveis. Entretanto, há poucos estudos realizados em solos brasileiros de fertilidade construída, com teores de Zn adequados ou elevados. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar formas de aplicação de Zn em trigo, visando à melhoria da qualidade nutricional dos grãos e sua influência em componentes agronômicos da cultura. Foram realizados quatro experimento a campo, nos anos de 2012 e 2013, em Palotina e Cascavel, Paraná, Brasil. Ambos ambientes apresentavam a mesma classe de solo: LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico, textura muito argilosa, todavia, com características edáficas e climáticas contrastantes. Cada experimento foi constituído de quatro tratamentos: (i) sem aplicação de Zn (controle); (ii) aplicação de Zn no solo (Zn-S); (iii) aplicação de Zn na folha (Zn-F) e (iv) aplicação de Zn no solo e na folha (Zn-S+F). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 4 repetições. A aplicação de Zn no solo foi realizado no plantio, com fornecimento de 250 kg ha-1 do formulado 8-30-20, que apresentava 4% de Zn (10 kg ha-1 de Zn). Para aplicação de Zn foliar, foi utilizada uma solução com 2% de sulfato de zinco (ZnSO4.5H2O), em taxa de aplicação de 200 L ha-1 (equivalente a 910 g ha-1 de Zn) e realizada no início do enchimento dos grãos. Foram cultivados dois genótipos de trigo: CD 150 e BRS Guamirim, sendo o primeiro escolhido por ser o cultivar comercial mais plantado no Paraná e o segundo por apresentar potencial para biofortificação (maiores teores de Zn nos grãos). Aplicação de Zn no solo aumentou a concentração de Zn nas folhas diagnóstico e nos grãos. A produtividade apresentou correlação negativa com a concentração de Zn nos grãos, sendo mais influenciada pelas características dos ambientes de produção. A aplicação de Zn no solo conciliado com a aplicação foliar (Zn-S+F) foi o método mais efetivo para aumentar o teor de Zn nos grãos. O cultivar BRS Guamirim apresentou maior número de afilhos, concentração de Zn, Fe e proteínas nos grãos, porém menor produtividade. A concentração de Zn apresentou correlação negativa com a produtividade e correlação positiva com número de afilhos, concentrações de Fe e proteína nos grãos. A seleção de um cultivar com potencial para biofortificação e que apresenta bom potencial produtivo, quando associada estratégias de aplicação de Zn, se mostrou a melhor opção para biofortificação agronômica do trigo. Palavras chave: Saúde humana, desnutrição, qualidade de alimentos, micronutrientes, Triticum aestivum.