Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Barrera, Ellie Anne Lopez |
Orientador(a): |
Ribeiro, Ciro Alberto de Oliveira, 1960- |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/29894
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Resumo: |
Resumo: O incremento da entrada de resíduos da nanotecnologia no ambiente e seus efeitos tóxicos na biota aquática ainda são pouco conhecidos, tem levado ao desenvolvimento da nanotoxicologia. Recentemente, um foco importante de pesquisa tem sido a elucidação dos efeitos biológicos da coexposição de poluentes já existentes nos sistemas, com a identificação do aumento ou a diminuição dos efeitos tóxicos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos da exposição à nanopartículas de prata (AgNP) em diferentes fases de vida do jundiá (Rhamdia quelen). Analisaram-se os efeitos após exposição hídrica no desenvolvimento de larvas e também a interação dos poluentes em exposição via oral (gavagem) em adultos. Primeiro avaliou-se a exposição às AgNP em diferentes concentrações (0,03, 0,3 e 3 ?g.mL-1) em varios tempos de exposição. Analisam-se taxa de eclosão, texa de sobrevivência e deformidades morfológicas. A exposição aos aglomerados de AgNP diminuiu a taxa de eclosão nas concentrações avaliadas. Observa-se o efeito do tempo e concentração de exposição na taxa de sobrevivência. As deformidades observadas foram: atraso no crescimento esquelético e torção da cauda, nadadeiras atrofiadas, edema ocular, deformidade facial, distensão do tórax e caquexia. A análise química demonstrou a maior incorporação de prata às 96hpf, reforçando os resultados encontrados na sobrevivência e deformidades, sugerindo a entrada ativa de prata nas ultimas horas de exposição. Foi desenvolvida uma modelagem matemática para avaliar os efeitos de xenobióticos sobre a dinâmica da população após a exposição em larvas para a espécie estudada, como uma ferramenta para analises de efeitos em nível populacional. Finalmente, foram avaliadas por meio de biomarcadores os efeitos de exposição isolada e coexposição às AgNP e ao Benzo(a)pireno (BaP) após exposição via oral por gavagem em indivíduos adultos da espécie. Os animais mantiveram-se em tanques rede em ambiente natural, e foram expostos a cada cinco dias durante 15 dias à doses de AgNP (0,03, 0,3 e 3 ?g.g-1), BaP (0,3 ?g.g-1) e coexposições dos poluentes. Biomarcadores bioquímicos (AChE, GST, GSH, LPO, PCO, METs e ?-ALAd) e análises histopatológicas foram realizadas em diferentes tecidos alvos (fígado, músculo, cérebro, rim anterior e posterior, sangue). A associação de ambos os contaminantes pode interferir com a toxicidade, comparativamente com a exposição isolada. Foi ativada a resposta oxidante das células, no entanto não apresnetou estresse oxidativo. O mecanismo de desintoxicação de agregados de nanopartículas de prata e a sua coexposição com BaP em adultos de Rhamdia quelen foi eficiente. A análise histopatológica de fígado, rim anterior e rim posterior demonstra uma resposta inflamatória generalizada após a exposição. Em síntese, as diferentes fases de vida do jundiá apresentam sensibilidades aos poluentes diferenciadas, mostrando que exposição na fase larval pode ocasionar maiores efeitos na sobrevivência, na fase adulta se observa uma resposta de indução do mecanismo de desintoxicação de xenobióticos, sendo esta eficiente. As simulações da dinâmica populacional realizadas com o modelo desenvolvido oferecem uma primeira aproximação dos efeitos tóxicos em nível populacional ao avaliar fases iniciais de desenvolvimento. |