Sistemas reprodutivos e visitantes florais em melastomataceae dos campos rupestres no limite Sul do cerrado, Tibagi, Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Maia, Fabiano Rodrigo da
Orientador(a): Goldenberg, Renato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30036
Resumo: Resumo: Têm sido visto que os sistemas reprodutivos das espécies podem variar ao longo da distribuição das mesmas. O Cerrado apresenta uma alta riqueza de espécies de Melastomataceae e diferentes condições ambientais que variam ao longo de sua distribuição. Assim, são bons locais para estudos dos efeitos geograficos sobre a reprodução nessa família. Cerca de 98 % das espécies da família Melastomataceae apresentam pólen como recurso. Contudo, a produção de néctar ocorre em algumas espécies da família, e nesse caso ocorre uma maior guilda de polinizadores, além das abelhas. O tipo de reprodução também pode exercer influencia sobre os polinizadores, principalmente devido ao fato de espécies assexuadas apresentarem baixa viabilidade de polen em relação às sexuadas. O presente estudo tem por objetivo (1) verificar os sistemas reprodutivos e (2) estudar os visitantes florais de Melastomataceae em uma área localizada no limite sul do Cerrado, Tibagi, Paraná. Foram obtidos dados sobre a biologia floral e reprodutiva, e verificado a riqueza e abundância dos visitantes florais entre espécies com e sem néctar e entre especies sexuadas e assexuadas, caracterizando o tipo de interação entre as plantas e os visitantes. Os resultados deste trabalho foram comparados com outros estudos sobre reproducao para a família no Cerrado. Esses resultados indicam que existe variação geográfica na proporcao de espécies sexuadas e autocompatíveis em cada local, porém a reprodução assexuada não varia latitudinalmente. Os sistemas reprodutivos também variam entre populações de uma mesma espécie. Isso parece estar associado com o tipo de vegetação, tamanho populacional, e como estratégia de segurança reprodutiva à ambientes periféricos do Cerrado. Além disso, os estudos com os visitantes florais da família, mostram que a taxa de visitação varia com o período do dia, mas não com o recurso. Porém, após às 12 horas, a dinâmica de visitação é diferente em flores-néctar e flores-pólen. Abundância e composição dos visitantes florais variam entre as espécies sexuadas e assexuadas. Assim, as espécies assexuadas apresentaram menor abundância de visitantes florais, e isso parece estar associado com a viabilidade do pólen e outros mecanismos de reprodução, como a apomixia, que permitem maior independência de polinizadores em espécies de plantas asssexuadas. Sendo assim, os resultados de composição de espécies encontradas neste trabalho, parecem estar muito mais associados com a identidade das espécies dentro de cada grupo de plantas do que uma diferença funcional dos grupos de visitantes florais.