Relaçoes entre comunidades rurais locais e administraçoes de parques no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Hauff, Shirley Noely
Orientador(a): Milano, Miguel Serediuk
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/2222
Resumo: A finalidade deste trabalho foi a de analisar as ações de extensão desenvolvidas em comunidades rurais existentes dentro e no entorno de seis unidades de conservação da categoria parque ou manejadas como tal, situadas em quatro dos sete biomas brasileiros: a Reserva Natural Salto Morato (PR) e o Parque Estadual da Ilha do Cardoso (SP), na Floresta Atlântica; o Parque Nacional do Jaú (AM), na Floresta Amazônica; o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), na Caatinga; e os parques nacionais Grande Sertão Veredas (MG) e Chapada dos Veadeiros (GO), no bioma Cerrado. Foram reunidas informações bibliográficas e junto às administrações de cada unidade para descrever as características naturais locais, o histórico da ocupação regional, o histórico da criação e implementação de cada unidade, bem como dados sobre o desenvolvimento de programas ou ações de extensão. Em campo, aplicou-se questionário a moradores das unidades e seu entorno e aos funcionários das mesmas para identificar as principais formas de ocupação da terra e usos dos recursos naturais e opiniões sobre as ações das unidades nas atividades produtivas dos moradores e vice-versa, como também opiniões sobre as relações entre as administrações e as comunidades, além das necessidades de melhorias nestas. Os resultados foram analisados para cada unidade, de forma global e comparadas as situações entre cada unidade. Verificouse que a queda das atividades produtivas mais importantes de cada região estudada ocorreu antes da criação das unidades e somente as atividades baseadas na exploração de recursos naturais, como o comércio de palmito e peles, sofreram maior impacto com a existência da unidade, mas cujas restrições são relativas à legislação vigente em todo território nacional. Atualmente, a grande maioria das atividades dos moradores é de pequena escala e baseia-se no extrativismo e em práticas agropecuárias pouco desenvolvidas ou inadequadas ao meio local. Devido a esta precária situação, as unidades são pressionadas a desenvolver ações que melhorem as condições sócio-econômicas locais. A implementação das unidades vem, direta e indiretamente, abrindo novas oportunidades de trabalho e renda em locais que enfrentam a falta de alternativas econômicas, infra-estrutura e serviços sociais básicos. Contudo, as que oferecem alternativas fora das funções de manejo da unidade enfrentam dificuldades de mercado e aquelas que oferecem melhorias sociais apresentam problemas de continuidade. Em alguns casos, a aplicação de ações de extensão reduziu a intensidade de atividades que exercem maior pressão sobre os recursos naturais