O agronegócio do palmito no Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Corso, Néder Maciel
Orientador(a): Santos, Anadalvo Juazeiro dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26410
Resumo: O palmito é um dos principais produtos não madeiráveis explorados no Brasil, que é o maior produtor e consumidor dessa iguaria no mundo. Atualmente, mais de 90% do palmito comercializado no país provêm do extrativismo das espécies Euterpe oleracea (açaí) e Euterpe edulis (juçara). Esse extrativismo tem sido efetuado, na maior parte, de maneira acentuada e sem a devida reposição, resultando na redução dos estoques de palmito nativo. Assim, as duas espécies têm sido alvo de restrições, tanto de caráter legal quanto econômico. Devido a essas restrições, aliado ao crescimento do mercado interno, produtores e agroindústrias do país estão investindo em um número significativo de projetos de palmito cultivado. Dentre as espécies cultivadas, Bactris gasipaes (pupunha) e Archontophoenix spp. (palmeira real) são as que tem apresentado a maior aceitação para o plantio comercial. Diante desse contexto, o objetivo geral do trabalho apresentado foi determinar a participação das espécies de origem extrativa e cultivada, nos diversos elos da cadeia produtiva do agronegócio palmito no Estado do Paraná. A caracterização da produção, da industrialização, da comercialização e do consumidor de palmito no Estado do Paraná foi realizada a partir de levantamento de dados oficiais e aplicação de questionários previamente elaborados junto aos principais agentes dessa cadeia produtiva. Ainda, realizou-se um teste de aceitabilidade com marcas de palmito dessas quatro espécies, no intuito de detectar uma possível preferência por alguma espécie em particular. Consumidores que participaram deste teste avaliaram os atributos aparência do produto (dentro e fora da embalagem) e sabor do palmito. Em relação à produção e à industrialização de palmito no Paraná, verificou-se que a participação dos palmitos cultivados nesses segmentos é crescente. Quanto à comercialização de conservas de palmito pelas grandes redes varejistas do estado, verificou-se que o palmito de açaí é a espécie dominante. Nessas redes entrevistadas, a comercialização de palmito de pupunha já é mais significativa que a de juçara. Quanto aos consumidores, a aparência do produto e o preço são os principais aspectos levados em consideração no momento da compra de palmito, ao passo que maciez e sabor são os principais aspectos que determinam a qualidade do produto durante o consumo. Para o teste efetuado com diferentes marcas de palmito verificou-se que o atributo aparência do produto independe da espécie de palmito. Para o atributo sabor, as marcas de juçara obtiveram o maior grau de aceitabilidade junto aos julgadores, enquanto as marcas de pupunha, o menor.