As linhas projetuais paisagísticas e a percepção dos usuários das praças de Curitiba-PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Viezzer, Jennifer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/35840
Resumo: Resumo: As linhas projetuais paisagísticas brasileiras possuem características distintas, com elementos de composição típicos, que podem revelar os costumes e o passar do tempo de uma sociedade. Como os elementos paisagísticos que compõem as praças podem ser capazes de formar um retrato do local onde estão inseridos, esta pesquisa considerou a hipótese de que as praças de Curitiba refletem a história e a cultura da cidade e de seus cidadãos, e representam as linhas projetuais paisagísticas brasileiras de sua época de criação. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar as linhas projetuais paisagísticas e conhecer a percepção dos usuários das praças de Curitiba. Para isso, buscou-se classificar as praças nas linhas projetuais paisagísticas eclética, moderna e contemporânea, de acordo com sua data de criação, e espacializá-las na cidade. Após a realização de uma amostragem, foram analisadas as seguintes variáveis: área total e impermeável, inserção na malha urbana, toponímia, mobiliário e equipamentos, vegetação usada no paisagismo, e percepção dos usuários. Os resultados mostram que 9,6% das praças de Curitiba foram criadas durante a época eclética, 43,3% durante a época moderna, e 47,1% durante a época contemporânea. Das praças que compõem a amostra, 25% possuem área inferior ao decreto 427/83 que institui a praça como uma área verde com metragem superior a 2.500 m². Em média, 74% da área das praças ecléticas são impermeabilizadas, contra 22,8% das contemporâneas, resultado que seguiu as características típicas de cada linha. Em geral, foi encontrada grande variação na forma como as praças estão inseridas na malha urbana e na toponímia, ressaltando-se que todas as praças ecléticas amostradas são retangulares e antrotoponímicas. Dos mobiliários e equipamentos encontrados nas praças, os principais são iluminação, bancos e lixeiras, aparecendo na maioria das praças. Os monumentos, estátuas e chafarizes, elementos típicos da linha eclética, aparecem com maior frequência nas praças criadas durante o domínio do ecletismo, enquanto parquinhos, academias e quadras para prática esportiva, elementos típicos da linha contemporânea, aparecem em maior número nas praças criadas durante a época de dominância da linha contemporânea. Quanto à vegetação, 76,5% dos indivíduos nas praças contemporâneas é exótico, e 69,5% das ecléticas é nativo, resultado contrário às características típicas destas linhas. A maioria dos usuários das praças as usa diariamente, e possui maior conhecimento sobre as praças ecléticas. As árvores foram citadas como o elemento que mais chama atenção nas praças por 40% dos usuários, independente da época de criação. Foram citados diversos benefícios que a vegetação presente nas praças proporciona para a cidade e a população, como a atenuação da poluição, o conforto térmico, a beleza cênica e o bem-estar. Com base nos resultados encontrados, conclui-se que as praças de Curitiba possuem características distintas de acordo com a época em que foram criadas, e que seus elementos de composição, em grande parte, representam as linhas projetuais paisagísticas brasileiras dominantes em sua época de criação. Palavras-chave: Áreas verdes. Paisagismo. Elementos de composição. Mobiliário e equipamentos.