A pressão antrópica e os riscos de incêndios florestais no Município de Novo Mundo, Amazônia Mato-Grossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, Luciene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/23046
Resumo: Mato Grosso é um dos estados brasileiros recordistas em focos de calor e incêndios florestais. O tipo de manejo do solo, o uso inadequado do fogo e a estiagem prolongada, contribuem para os riscos de incêndios florestais. Este trabalho teve como objetivo analisar os aspectos culturais e socioeconômicos da população sobre os riscos de incêndios florestais; quantificar a pressão antrópica; analisar o comportamento de perigo de incêndios; gerar mapas de riscos de incêndios florestais e propor ações de prevenção, uso e controle do fogo. O estudo foi conduzido no município de Novo Mundo, Mato Grosso, no período de 1997 a 2006. Através de dados censitários foi realizada uma análise descritiva dos fatores culturais e socioeconômicos da população, bem como, sua influência sobre os riscos de incêndios florestais. Os dados censitários também foram utilizados para obtenção do índice de pressão antrópica, cruzando-se as informações entre estoque e fluxo. Para analisar o comportamento do perigo de incêndios foi aplicado um índice de perigo, obtido através da Fórmula de Monte Alegre (FMA). Utilizando-se técnicas de geoprocessamento foram elaborados mapas de riscos de incêndios florestais, sendo considerados como fatores de riscos a rede viária, a rede hidrográfica, a declividade e o uso do solo; estes mapas foram sobrepostos e a somatória deles gerou o mapa de zoneamento de riscos de incêndios florestais. Os resultados indicaram que os fatores culturais e socioeconômicos influenciaram nos riscos de incêndios florestais por falta ou escassez de conhecimento e aplicação de métodos de prevenção e controle de incêndios florestais nas atividades agrícolas e pecuárias. A pressão antrópica foi alta, afetada principalmente pela grande área dedicada à pastagem. O zoneamento de riscos de incêndios florestais indicou a proximidade de florestas com estradas e pastagens como risco muito alto e alto, totalizando 95,9% da área do município. As proposições elaboradas no presente estudo, podem contribuir para diminuir os riscos de incêndios florestais no unicípio. A possibilidade de diminuir os riscos de incêndios florestais, com metodologias adequadas e especificas para cada região ou município, pode contribuir com uma pequena parcela na conservação dos recursos naturais da região sul da Amazônia.