Aspectos clínicos e laboratoriais de cães com neutrófilos tóxicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fam, Ana Laura Pinto D'Amico
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/27418
Resumo: Resumo: Durante o processo de injúria tecidual, os leucócitos são recrutados para os tecidos. Quando a demanda de leucócitos ultrapassa a capacidade de armazenamento da medula óssea, aumenta a produção e maturação de neutrófilos, principal célula de defesa. Os neutrófilos com imaturidade de organelas citoplasmáticas são liberados na circulação precocemente. Estes neutrófilos são chamados de “neutrófilos tóxicos”. O capítulo I descreve as doenças que causam o aparecimento dos neutrófilos tóxicos circulantes; caracteriza os tipos de bactérias nas causas infecciosas; descreve a quantificação e graduação das alterações tóxicas, associando à taxa de mortalidade e às alterações hematológicas e bioquímicas. Observou-se que doenças de diversas origens etiológicas podem levar ao aparecimento de neutrófilos tóxicos circulantes, inclusive infecções bacterianas, principalmente aquelas causadas por bacilos Gram negativos e Staphylococcus sp. A quantificação e graduação dos neutrófilos tóxicos não demonstraram correlação com a doença de base, mas teve com a taxa de mortalidade. O capítulo II descreve as alterações hematológicas e bioquímicas em cães com neutrófilos tóxicos, comparando com os parâmetros obtidos de 60 cães doentes sem neutrófilos tóxicos circulantes. Cães com neutrófilos tóxicos têm diminuição dos parâmetros eosinófilos, linfócitos, albumina e ferro; aumento de leucócitos totais, neutrófilos segmentados e bastonetes, monócitos, fosfatase alcalina, uréia e glicose. Os demais parâmetros não sofreram alterações e cães com neutrófilos tóxicos podem ter parâmetros hematológicos e bioquímicos dentro dos valores de referência. O capítulo III abrange as proteínas séricas identificadas por eletroforese com gel de poliacrilamida de cães com neutrófilos tóxicos e cães doentes sem neutrófilos tóxicos, comparados aos cães sadios. Identificou-se, pela primeira vez, as alterações no perfil protéico de cães com neutrófilos tóxicos. Observou-se elevação das proteínas haptoglobina, proteína C reativa, 1- glicoproteína ácida e proteína com peso molecular 34.000 Da; diminuição das proteínas albumina, transferrina e imunoglobulina A; não houve alteração nas demais proteínas avaliadas. As conclusões finais são que cães com neutrófilos tóxicos podem apresentar alterações hematológicas, bioquímicas e protéicas mais evidentes que cães doentes sem neutrófilos tóxicos; outra doenças além das bacterianas levam ao aparecimento de neutrófilos tóxicos, a quantificação e graduação dos neutrófilos tóxicos pode auxiliar na avaliação do prognóstico em cães.