Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Vairo, Karine Pinto e |
Orientador(a): |
Carvalho, Claudio José Barros de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/26701
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Resumo: |
Resumo: A identificação correta da espécie é essencial para trabalhos de biologia ecologia e demais áreas. No caso de Sarcophagidae, uma família de importância forense, a identificação dos espécimes é considerada complexa tanto nos adultos como nos estágios imaturos. Nos adultos, um estudo detalhado da terminalia masculina somado a alguns caracteres diagnósticos externos pode determinar a espécie em questão, já nos imaturos, um estudo apurado dos caracteres externos somado com a análise do esqueleto cefálico mostra diferenças interespecíficas. Através de um experimento utilizando como substrato de coleta um porco em decomposição na região de Curitiba, foram coletadas e identificadas 22 espécies e posteriormente foi elaborada uma chave de identificação com fotos dos caracteres. Os principais caracteres utilizados na separação das espécies foram: plumosidade da arista, presença de cerdas na veia R1 e R4+5, número de cerdas escutelares, presença de ctenídios no fêmur médio, presença de uma cerda longa na tíbia média, coloração do epândrio e sintergosternito 7+8, formato do cerco, edeago e vesica e tamanho do basifalo e distifalo. As coletas e posterior identificação resultaram ainda em 11 novos registros de espécies para o estado do Paraná. A problemática na identificação dos espécimes da família estende-se também aos imaturos. A melhor forma atual de se proceder à identificação de estágios imaturos de Sarcophagidae é criar os espécimes em laboratório até a emergência do adulto. Porém, algumas espécies não têm sua biologia bem esclarecida, e muitas vezes não se obtém êxito na criação impossibilitando a identificação do material. A Microscopia Eletrônica de Varredura surge então, como uma ferramenta auxiliar na observação de características externas que não seriam possíveis somente com a microscopia ótica. Porém, o estudo do esqueleto cefálico é indispensável para separação a nível específico. Sarcodexia lambens (Wiedemann) é uma espécie amplamente distribuída no Brasil, causadora de miíases, além de ser um importante indicador forense no estado do Rio de Janeiro. Como as larvas de caliptrados em geral, as larvas de S. lambens têm 12 segmentos, sendo um pseudocéfalo, três torácicos e oito abdominais. Os espiráculos posteriores se localizam dentro de uma cavidade e os espiráculos anteriores podem ter de 11 a 13 aberturas espiraculares. Possuem um par de antenas e palpos maxilares com cinco sensilas. De acordo com o desenvolvimento, o formato dos espinhos intersegmentares muda, os escleritos do esqueleto cefálico se modificam e a esclerotinização também nos traz informações relevantes para diferenciação das espécies. Para o desenvolvimento da entomologia forense no país é necessário se investir em pesquisa base, ou seja, estudos taxonômicos das espécies envolvidas com o processo de decomposição de corpos. |