Gestão do conhecimento em empresas de incorporação e edificação de Curitiba e Região Metropolitana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Krainer, Jefferson Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30282
Resumo: Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar as práticas de Gestão do Conhecimento facilitoras, dificultadoras ou inibidoras da criação e captura do conhecimento nas empresas de incorporação e edificação de Curitiba e Regão Metropolitana. Caracteriza-se como quantitativa e qualitativa, aplicada e com foco descritivo. A combinação de métodos quantitativo e qualitativo permitiu selecionar uma amostra de empresas em que o fenômeno investigado (criação e captura do conhecimento) efetivamente ocorre. Possibilitou, também, a partir da análise de um grande volume de dados, identificar previamente (antes do estudo de campo) a ocorrência de práticas - e o nível de intensidade destas - associadas à Gestão do Conhecimento. Utiliza, num primeiro momento, parte dos dados coletados em outra pesquisa, para realizar uma análise estatística descritiva, com a finalidade de sintetizar uma série de valores de mesma natureza e verificar, por consequência, o nível de efetividade de Gestão do Conhecimento das empresas pesquisadas. Distribui as empresas em três agrupamentos. Do grupo em que as empresas apresentam maior associação à Gestão do Conhecimento, seleciona, por acessibilidade, três empresas para o estudo de casos múltiplos. Houve, portanto, uma segunda coleta de dados idealizada por meio de observações e de entrevistas. Para análise dos casos, usa a visualização das informações em nuvens e em árvores de palavras; sonda, portanto, se os textos selecionados compartilham alguma similaridade ou padrão. Os resultados indicam que as construtoras pesquisadas têm processos e características medianamente associados à Gestão do Conhecimento, tratando-se de "Empresas Tradicionais". Esses resultados também fornecem um referencial de onde (em que dimensão) e com qual intensidade as iniciativas de Gestão do Conhecimento ocorrem em empresas de construção civil, permitindo, inclusive, traçar um perfil de como o conhecimento está sendo gerenciado pelas construtoras. A dimensão cultura organizacional foi a que apresentou processos e características mais associados à Gestão do Conhecimento, dando indícios de que o ambiente organizacional tende a ser agradável, prevalecendo a liberdade, a confiança e o respeito; campo fértil, para a criação do conhecimento. Autonomia dos colaboradores; metas desafiadoras; conversas formais e informais; receptividade e acessibilidade da alta administração são alguns dos principais facilitadores à criação do conhecimento identificados com a pesquisa. Dentre as barreiras, em maior número comparado aos facilitadores, sobressaltam: ausência de uma estratégia direcionadora do conhecimento que deve ser desenvolvido; troca de engenheiro; falhas na comunicação entre departamentos e pessoas; foco no sistema construtivo; disponibilidade de tempo e hierarquia; receio de consequências negativas; não fiscalização e exigência da utilização das ferramentas de registro e armazenamento de informações e de conhecimento. Observa nos casos, conforme descrito na literatura, uma postura típica do gerenciamento ocidental, o qual, via de regra, não reconhece a importância da parcela implícita do conhecimento, enxergando apenas o conhecimento explícito. Os resultados obtidos, de modo geral, revelaram a existência de iniciativas informais e desorientadas, ações embrionárias, mas não condizentes com verdadeiras práticas formais de Gestão do Conhecimento, o que sinaliza que essas práticas não têm sido percebidas quanto ao papel que podem desempenhar nas empresas, se formalizadas. Evidencia, também, que a maioria das decisões sobre os rumos estratégicos do conhecimento das empresas de construção está mais baseada na intuição do que em análises fundamentadas.