Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Vanderley Porfirio da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/27383
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Resumo: |
Resumo: O crescimento de árvores em meio a cultivos agrícolas e forrageiros traz, intuitivamente, alguns questionamentos sobre a combinação entre componentes tão distintos. O objetivo deste estudo foi avaliar a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) como alternativa para a intensificação sustentável do uso da terra na condição subtropical brasileira. Foram avaliados: o rendimento de grãos e de forrageiras de inverno semeados entre renques arbóreos; o comportamento e impacto do gado em relação às árvores; o incremento de madeira em adição ao rendimento de grãos, forragem e de ganho animal, tendo como testemunha o sistema de integração lavoura-pecuária (ILP) que é, reconhecidamente, uma estratégia de produção viável, econômica e ambientalmente equilibrada. Aos 29 meses de idade das árvores, a produtividade do milho não diferiu entre os dois sistemas (P>0,05), com média geral de 4,1 ± 0,3 ton ha-¹, e com a ILPF acumulando 1,03 m³ de madeira de eucalipto por hectare durante a safra do milho. A primeira interação entre árvores e gado deu-se aos 41 meses de idade das árvores, as três espécies arbóreas plantadas (Schinus terebinthifolius, Grevillea robusta e Eucalyptus dunnii) apresentavam-se com DAP de 5 cm, 6 cm e 16 cm e altura de 3,5 m, 4,5 m e 9,5 m, respectivamente; todas as espécies sofreram danos ocasionados pelo gado; devido à incidência e intensidade de danos, a S. terebinthifolius não pode ser indicada para obtenção de produtos florestais na ILPF, a G. robusta e o E. dunnii podem compor sistemas de ILPF. Com as árvores nas idades entre 47 e 50 meses, e entre 59 e 63 meses, foram avaliadas a produção de forragem hibernal e o desempenho animal em pastejo. A produção média de forragem foi diferente (P<0,05), com 2,52 ton MS ha-¹ para a ILP e 2,21 ton MS ha-¹ para a ILPF. O desempenho animal, em ganho médio diário (GMD) de peso e ganho por unidade de área (Gha), não foram diferentes (P>0,05) entre os dois sistemas, com valores médios de 0,86±0,31 kg ha-¹ dia-¹ e 440,6±75,9 kg ha-¹, respectivamente para GMD e Gha. O incremento de madeira nas fases pastoris da ILPF foi de 2,9 m³ ha-¹ em 2010 e 4,2 m³ ha-¹ em 2011. A adubação da pastagem de inverno aliada a manutenção da altura de pastejo em 20 cm, foi fundamental para a produção animal e estratégico para a semeadura direta da lavoura de verão, ao garantirem a produção de palha. A produtividade da lavoura de soja na ILPF, avaliada aos 56 meses de idade das árvores, foi de 3,7 ton de grãos ha-¹ (19 % menor do que na ILP). O incremento de madeira da ILPF durante a lavoura de soja foi de 6,6 m³ ha-¹. A integração lavoura-pecuária-floresta foi favorável ao rendimento de lavouras sob condições climáticas de estresse hídrico (lavoura de milho), mas não apresentou efeito positivo sob condições de normalidade climática (lavoura de soja), e não teve efeito deletério sobre a produção animal. A interação gado x árvore é determinante na escolha de espécies arbóreas para compor o sistema ILPF. A causalidade dos efeitos avaliados nesta pesquisa quer sejam s originados da interação entre os componentes da ILPF, quer sejam oriundos da manipulação (adubação, desramas, desbastes, lotação animal, população e densidade de plantas dos cultivos anuais, entre outros) merece mais estudos, especialmente porque as árvores crescem por muitos anos, alterando a magnitude e direção de sua influência sobre os demais componentes. |