Efeitos do B-Hidroxi B-Metilbutirato (HMB) sobre a lipólise e metabolismo da glicose em tecido adiposo de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Geremias, Tony Anderson
Orientador(a): Fernandes, Luiz Claudio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30332
Resumo: Resumo: Uma condição clínica de crescente incidência na população mundial é a obesidade. O desenvolvimento da obesidade está associado com o aparecimento de vários distúrbios fisiológicos. Uma intervenção considerada no tratamento da obesidade é a abordagem nutricional através de suplementos alimentares. O metabólito da leucina ?-Hidroxi-?-Metilbutirato (HMB), vem ganhando destaque entre os suplementos alimentares mais estudados. Em nosso laboratório, o HMB já demonstrou efeitos positivos sobre os parâmetros imunitários. Recentemente, alguns autores têm investigado se o HMB interfere nos parâmetros metabólicos do tecido adiposo, porém os dados são controversos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o do HMB sobre o metabolismo da glicose e atividade lipolítica no tecido adiposo. Neste estudo, o tecido adiposo de ratos da linhagem wistar foi incubado na presença de duas concentrações diferentes de HMB (1mM e 5mM), com ou sem o estímulo da adrenalina e sob a interferência de três estados metabólicos distintos: basal (C), jejum (JE) e exercício agudo (EA). No grupo C, ou seja, situação metabólica basal, o HMB não exerceu nenhum efeito sobre a lipólise na condição com, ou sem o estímulo da adrenalina, pois quando foi adicionado o HMB em duas concentrações diferentes (1mM e 5mM), a lipólise mostrou-se inalterada em relação ao meio incubado apenas com adrenalina (A). Frente à condição metabólica de pós-exercício (EA), o HMB novamente não provocou alteração na lipólise. O padrão lipolítico observado no grupo exercitado foi semelhante ao padrão controle, pois foi demonstrado uma diminuição da taxa lipolítica quando as concentrações de 1 e 5mM de HMB foram adicionados ao meio de incubação estimulado com adrenalina (-69% e 58% respectivamente). No grupo JE o perfil lipolítico não foi diferente daquele encontrado nos grupos C e EA, onde o HMB não demonstrou exercer nenhum efeito sobre a atividade lipolítica com ou sem o estímulo da adrenalina. O exercício agudo exerceu efeito aditivo sobre a lipólise. Neste grupo, a lipólise foi significativamente aumentada em relação ao grupo JE e C. (EA: 225%, JE: 161%, C 175%). O efeito do HMB sobre o metabolismo da glicose também foi avaliado. Para este fim, o tecido adiposo foi incubado nas mesmas condicões citadas acima, e a produção de lactato foi analisada. A adição de HMB ao meio de incubação, em duas concentrações diferentes (1 e 5mM), não alterou a produção de lactato pelo tecido adiposo nas condições com e sem estímulo da insulina. Quando a interferência do HMB sobre o metabolismo da glicose foi testada de maneira in vivo, este mostrou potencializar a ação da insulina. A administração de HMB e insulina simultâneamente ocasionou uma taxa de decaimento da glicose 240% maior do que quando a insulina foi administrada sem o HMB. Porém esse efeito foi observado apenas no grupo controle. Os resultados deste trabalho demonstram que a exposição do tecido adiposo ao HMB, não alterou os padrões metabólicos envolvendo a produção de lactato e lipólise. Os dados sugerem ainda um efeito potencializador do HMB sobre a ação da insulina in vivo.