Avaliação do potencial gastroprotetor e cicratizante da fração Diclorometano e da piplartina obtidos dos frutos Piper Tuberculatum Jacq. em ratas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Burci, Lígia Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26232
Resumo: Resumo: A Piper tuberculatum Jacq. pertence a família Piperaceae e é conhecida popularmente como pimenta d’ardo, jaborandi falso ou jamburana. Embora seja utilizada popularmente como estimulante digestivo e na redução dos gases intestinais, até o momento não havia nenhum estudo científico que comprovasse seu uso popular como gastroprotetor. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a possível atividade protetora gástrica e esofágica da fração diclorometano obtida dos frutos de Piper tuberculatum (DCM) e de seu composto isolado a piplartina, assim como esclarecer possíveis mecanismos de ação envolvidos. A administração oral da DCM reduziu a extensão das lesões gástricas agudas induzidas por etanol e crônicas induzidas por ácido acético em ratas. Além disso, a administração da DCM pela via intraperitoneal também reduziu as lesões gástricas induzidas por etanol. Quando administrada pela via oral, A DCM foi capaz de restaurar os níveis de muco e prevenir a diminuição nos níveis de GSH, além de promover a proliferação celular. Com relação à secreção ácida gástrica, no ensaio in vitro a DCM inibiu a atividade da H+,K+-ATPase. In vivo, a DCM foi capaz de diminuir o volume e a acidez total da secreção gástrica basal, bem como aquela estimulada por pentagastrina, mas não por histamina e betanecol. Experimentos com o modelo de doença do refluxo gastroesofágico revelaram que a DCM também foi capaz de diminuir a extensão da lesão provocada pelo refluxo de ácido, além de diminuir os níveis da MPO. A piplartina também diminuiu a extensão da lesão gástrica provocada por etanol, assim como restaurou os níveis de GSH. De maneira similar à DCM, a piplartina inibiu a ação da H+,K+-ATPase in vitro e in vivo diminuiu a secreção e acidez do conteúdo gástrico em níveis basais, assim como quando da estimulação com pentagastrina. Em conjunto, os resultados obtidos sugerem que no efeito prote or gástrico e esofágico da DCM e da piplartina parece envolver a redução da secreção ácida gástrica, possivelmente pela inibição da via gastrinérgica, promovendo um aumento na proliferação celular e um restabelecimento de sistemas de proteção.