A floresta ombrófila densa na Serra da Prata, Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange,Pr

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Blum, Christopher Thomas
Orientador(a): Roderjan Carlos Vellozo, 1952-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/3881
Resumo: Este estudo objetivou caracterizar aspectos ambientais, florísticos e estruturais das comunidades de Floresta Ombrófila Densa (FOD) existentes ao longo de um gradiente altitudinal na porção norte da Serra da Prata, município de Morretes, PR. Buscou-se detectar os diferentes sub-grupos florestais existentes e suas relações com a variação do meio físico ao longo da vertente. Para tal foram instalados oito conjuntos amostrais distribuídos a cada 100 m de desnível entre 400 e 1.100 m s.n.m. Cada conjunto constituiu-se por 10 parcelas contíguas de 200 m2, totalizando 2.000 m2 em cada cota. Estas parcelas destinaram-se ao compartimento arbóreo, sendo incluídos os fustes com diâmetro a altura do peito (DAP) = 10 cm. Na extremidade de cada parcela foi instalada uma sub-parcela de 25 m2 onde foram medidos os fustes com DAP = 1 cm. Paralelamente realizou-se também a caracterização pedológica em cada nível altitudinal. Ao longo da pedosseqüência foi verificado amplo predomínio dos Cambissolos, os quais, nas porções superiores da encosta, associam-se a Neossolos Litólicos. Através da amostragem e de observações em campo foram detectadas 283espécies arbóreo-arbustivas, distribuídas por 135 gêneros e 63 famílias. Myrtaceae e Lauraceae mantiveram amplo predomínio estrutural e florístico no compartimento arbóreo de todos os oito pisos altitudinais, sendo que no sub-bosque destacaram-se Myrtaceae e Rubiaceae. Sob o aspecto florístico ocorreu uma divisão bastante nítida entre os pisos superiores e inferiores, denominados montanos e submontanos, coincidindo com o limite dos climas Cfa e Cfb, situado entre 700 e 800 m s.n.m. As comunidades existentes nos níveis 400, 500 e 600 m s.n.m. apresentaram elevada semelhança estrutural e florística, caracterizando-se como FOD Submontana típica, com baixa densidade e grande porte das árvores. Dentro do patamar montano, uniforme no aspecto florístico, uma maior variedade de situações pedológicas devidas ao relevo montanhoso e irregular acarretam em diferenciações estruturais das comunidades, constituindo fitotipias fisionomicamente distintas em nível de subformação. Os solos rasos e instáveis existentes nas maiores altitudes condicionam na vegetação características estruturais específicas que as distinguem das observadas nospisos intermediários, onde ocorrem solos relativamente mais espessos. Desta forma, as comunidades dos pisos superiores foram divididas em três subformações. Aos 1.100 m s.n.m. ocorreu a FOD Montana de porte baixo com clareiras, característica pelos indivíduos menores e por apresentar densidade e área basal pouco expressivas. A comunidade amostrada na cota 1.000 m foi definida como FOD Montana de porte baixo, destacando-se pela pequena estatura do dossel, por sua elevada densidade de fustes e pela existência de muitas árvores bifurcadas. Entre 800 e 900 m s.n.m. configurou-se a FOD Montana típica, com indivíduos de maior porte, estratificação mais desenvolvida e valores de densidade e área basal equilibrados. Por fim, o trecho de floresta situado na cota 700 m foi enquadrado como transicional entre as formações submontana e montana, caracterizando-se por valores estruturais intermediários e elevada diversidade de espécies, com alta similaridade florística tanto em relação aos pisos superiores quanto aos inferiores