Revisão das espécies de Paederus Fabricius, 1775 (Coleoptera: Staphylinidae, Paederini) causadoras de dermatite no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vieira, Juliana Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/29881
Resumo: Resumo: Dermatite de contato é uma inflamação na pele provocada por contato direto com um alérgeno e pode ser desencadeada por insetos. Em Coleoptera a principal família com espécies causadoras de dermatite é Staphylinidae, cujo gênero Paederus Fabricius, 1775 é o foco do presente trabalho. No Brasil são conhecidas cinco espécies de Paederus causadoras de dermatite: P. amazonicus Sharp, 1876; P. brasiliensis Erichson, 1840; P. columbinus Laporte, 1835; P. ferus Erichson, 1840 e P. rutilicornis Erichson, 1840. Apesar dos acidentes com Paederus no Brasil serem conhecidos desde o começo do século XX, existe uma carência de literatura taxonômica sobre essas espécies. Assim, o presente trabalho teve como principal objetivo realizar uma revisão taxonômica das espécies de Paederus causadores de dermatite no Brasil. Foram analisados 371 exemplares provenientes de diversas instituições nacionais e internacionais. Ao todo sete espécies foram redescritas e reunidas numa chave dicotômica. Cinco destas espécies são relatadas na literatura como causadoras de acidentes e duas são consideradas como novos registros de espécies causadoras de dermatite para o Brasil, P. mutans Sharp, 1876 e P. protensus Sharp, 1876 sp. rev.. As fêmeas de P. brasiliensis, P. ferus e P. rutilicornis apresentam placa genital. P. ferus e P. rutilicornis apresentam assimetria das mandíbulas. P. amazonicus e P. mutans compartilham o ápice do 9º esternito emarginado. Em P. columbinus e P. protensus o labro não possui dente mediano evidente. As distribuições geográficas mostram concentrações dos registros de algumas espécies em determinadas regiões do Brasil, como P. amazonicus e P. mutans, cujos registros estão na região Norte; P. columbinus nas regiões Norte e Nordeste; P. protensus no Nordeste e Minas Gerais; e P. ferus no Sudeste e Sul, já P. brasiliensis ocorre em todo o Brasil. Para P. rutilicornis não há exemplares com registro para o Brasil. Os resultados apresentados são de extrema importância para auxiliar na correta identificação das espécies, além de permitir avaliar o "status" atual do conhecimento sobre as suas distribuições no Brasil.